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O Quênia ocupa uma posição de destaque na indústria de iGaming da África Subsaariana, ficando atrás apenas da Nigéria e da África do Sul. O desempenho expressivo do mercado queniano se sustenta em diversos fatores-chave, como uma penetração de internet superior a 40% e o amplo uso de dispositivos móveis pela população. Esses elementos, combinados, impulsionaram significativamente a expansão do jogo e das apostas online em todo o país.
A indústria de iGaming do Quênia apresenta uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 12,3%. O aumento da popularidade das apostas esportivas, cassinos online e eSports é um dos principais motores desse crescimento. Esses setores vêm conseguindo atingir com eficácia milhões de jovens com afinidade tecnológica, que compõem uma parcela significativa do público gamer.
Um dos grandes facilitadores dessa participação ampla é a disponibilidade de sistemas de pagamento por celular, com destaque para o M-Pesa. Essas soluções possibilitam transações com custos reduzidos, o que amplia o alcance do jogo online até mesmo em regiões rurais.
Em entrevista ao iGaming Expert, Bojan Mitic, CEO da Fazi, destacou: “Segundo o relatório GeoPoll Africa Gambling Report 2024, a participação em apostas em países como o Quênia (83%), África do Sul (74%) e Gana (73%) atingiu níveis históricos.” Esses dados evidenciam o imenso potencial de crescimento dos cassinos online e reforçam a atratividade geral do mercado. A expectativa de que o valor do mercado cresça de US$ 6,7 bilhões em 2023 para US$ 19,4 bilhões até 2032 sinaliza um crescimento consistente de longo prazo e torna o setor de iGaming queniano ainda mais promissor.
O cenário regulatório do Quênia está prestes a passar por uma transformação significativa com o projeto de lei Gambling Control Bill 2023, que aguarda a assinatura presidencial. Essa nova legislação promete reformular o setor por meio de uma série de medidas, entre elas a exigência de um depósito de KES 200 milhões por parte das operadoras e a implementação de uma taxa de 15% sobre as receitas do jogo. O projeto também deve introduzir controles mais rigorosos sobre licenças estrangeiras.
O impacto dessas mudanças ainda gera debate. Embora as medidas tenham como objetivo promover um ambiente de jogo mais seguro e responsável, há receios de que os novos padrões financeiros e regulatórios prejudiquem operadoras de menor porte. A promulgação do Gambling Control Bill 2023 poderá representar um ponto de inflexão para o setor de iGaming do país, alterando a dinâmica competitiva e influenciando os rumos do crescimento futuro.
O sucesso no setor de iGaming na África — e no Quênia em particular — depende de diversos fatores-chave. Ter conhecimento do mercado local e firmar parcerias estratégicas é fundamental. Colaborar com operadoras reconhecidas ajuda a ampliar o alcance do conteúdo e a utilizar plataformas confiáveis, o que reforça a credibilidade e acessibilidade dos serviços.
A localização dos conteúdos de jogo também é um fator decisivo. Os jogos mais populares no continente africano costumam unir a mecânica tradicional das slots a gráficos envolventes e jogabilidade fluida. Adaptar os jogos ao gosto e às expectativas do público local aumenta sua aceitação e uso.
Outro ponto essencial é garantir uma experiência de jogo otimizada, especialmente considerando o predomínio do mobile gaming. Os jogos precisam ser leves, carregar rapidamente e oferecer compatibilidade impecável com dispositivos móveis, mesmo em conexões de baixa velocidade. Um foco bem direcionado na eficiência do design resulta diretamente em experiências mais positivas para o jogador. Por fim, visibilidade e expansão de mercado são vitais para o crescimento sustentável. A participação ativa em eventos importantes da indústria ajuda a consolidar a presença das empresas no setor, fortalece o relacionamento com parceiros e abre novas oportunidades de negócios em todo o continente.
Ter representação local é essencial para navegar com sucesso no mercado africano de jogos. Estar fisicamente presente permite às empresas criar vínculos sólidos tanto com operadoras quanto com reguladores, o que facilita a entrada no mercado e assegura a conformidade com as leis locais de jogos.
“Ter uma equipe no local permite construir relações duradouras com operadoras e reguladores, garantindo uma entrada suave no mercado e conformidade regulatória”, afirmou Bojan.
Essa presença local também é fundamental para manter a relevância frente às preferências dos jogadores. Compreender os hábitos de jogo e as particularidades culturais da região permite personalizar produtos e impulsionar o desenvolvimento de jogos que realmente falem com o público local. Além disso, a atuação local melhora a comunicação e o suporte oferecido aos parceiros, assegurando uma integração fluida e colaborações duradouras. Esse conhecimento de mercado proporciona às empresas uma vantagem competitiva expressiva no dinâmico setor africano de iGaming, viabilizando a entrega de conteúdos ajustados à realidade e às preferências regionais.
O setor de iGaming no Quênia carrega um enorme potencial, assim como diversos outros mercados africanos. Com regulamentações adequadas, colaboração entre os principais atores do setor e o comprometimento com o jogo responsável, o país pode se tornar um verdadeiro polo de oportunidades e desenvolvimento — e servir como modelo para outras jurisdições.