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O Senado das Filipinas aprovou, em terceira e última leitura, uma medida histórica que proíbe permanentemente as Operadoras de Jogos Offshore Filipinas (POGOs), marcando uma mudança significativa na política do país em relação às apostas internacionais.
O Projeto de Lei nº 2868 do Senado, conhecido como Lei Anti-POGO de 2025, foi aprovado com 23 votos favoráveis e nenhuma objeção, revogando a Lei da República nº 11590, que anteriormente havia legitimado as operações das POGOs. A nova legislação determina o confisco de todos os bens e equipamentos relacionados a essas operadoras, com o objetivo de impedir sua reutilização em atividades ilegais.
O senador Sherwin “Win” Gatchalian, presidente da Comissão de Meios e Recursos do Senado e principal autor do projeto, afirmou que a legislação responde à crescente pressão popular para retirar as operações de jogos offshore do território filipino. “Isto não é apenas uma lei — é um clamor do povo pelo fim da ameaça representada pelas POGOs”, declarou Gatchalian, destacando a exigência pública por soluções concretas diante dos problemas associados ao setor. Ele enfatizou que o projeto de lei busca garantir que a proibição vá além do mandato do governo atual, institucionalizando o veto por meio de uma estrutura legal duradoura.
“A medida não apenas proíbe as operações de jogos offshore, como também estabelece salvaguardas para proteger nossa população”, acrescentou o senador.
As POGOs vêm sendo alvo de crescente escrutínio por supostas ligações com atividades criminosas, como tráfico de pessoas, fraudes financeiras e outras operações ilícitas. Gatchalian defende há anos a proibição total do modelo, argumentando que os supostos benefícios econômicos não justificam os riscos à ordem pública e à imagem internacional do país.
Com a proximidade do recesso definitivo do 19º Congresso, os líderes do Senado demonstram otimismo quanto à rápida tramitação do projeto aprovado até sua chegada ao Palácio de Malacañang para sanção presidencial. A aprovação representa um esforço conjunto para avançar a agenda de reformas do governo antes do encerramento da sessão legislativa.
A Lei Anti-POGO tende a gerar impactos profundos. Como ressaltou Gatchalian, sua aprovação vai além da regulação: ela reflete o compromisso nacional com a proteção do bem-estar público, acima de receitas oriundas de atividades duvidosas.
“A nova lei envia uma mensagem clara: o bem-estar dos nossos cidadãos não pode ser comprometido por lucros oriundos de indústrias sujas e ilegais”, afirmou o senador.
Em 2024, o presidente Ferdinand Marcos Jr. determinou que as forças de segurança e os órgãos anticorrupção intensificassem a repressão às POGOs que ainda operavam apesar da proibição nacional. A medida foi anunciada oficialmente durante o Discurso sobre o Estado da Nação (SONA) em julho do mesmo ano. O presidente citou diversos casos de grande repercussão e investigações em andamento envolvendo as operadoras como motivação para a decisão.