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Ainda estamos no terceiro mês de 2025 e só nesse período já foi registrado mais de 30 milhões de acessos a sites de apostas ilegais. De acordo com algumas estimativas, o mercado ilegal já movimentou aproximadamente R$ 350 milhões nesses quase 3 meses, o que preocupa o restante do setor que tem trabalhado para regulamentar os jogos e apostas no Brasil, incluindo o bloqueio de sites não licenciados.
São tantos acessos e tanto dinheiro envolvido que essa situação levanta questões sobre a eficácia das medidas tomadas para parar esse movimento ilegal, os impactos sociais das apostas e as razões pelas quais tantos brasileiros continuam recorrendo a sites sem regulamentação.
Especialistas analisaram o tráfego dessas plataformas e cruzaram os dados com a movimentação financeira do setor legalizado para chegar à estimativa de faturamento dos sites clandestinos. A metodologia utilizada considera a proporção entre acessos e valores apostados, resultando na projeção de R$ 350 milhões movimentados pelas plataformas sem licença.
Desde 2024, o Ministério da Fazenda tem concentrado sua atenção no bloqueio de sites irregulares. Mais de 10 mil domínios já foram bloqueados no Brasil, mas um levantamento apontou que cerca de 80% dessas plataformas ainda operam de alguma forma, seja mantendo suas páginas ativas, redirecionando usuários para novos endereços ou registrando novos domínios.
Para reforçar a fiscalização, o governo passou a atuar em parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), enviando listas de sites suspeitos para bloqueio. Mesmo assim, o dinamismo das plataformas ilegais torna esse trabalho um verdadeiro desafio. Muitas empresas usam técnicas para burlar as restrições, como o uso de redes privadas virtuais (VPNs) e servidores internacionais.
Além de prejudicar a arrecadação de impostos do governo, as apostas ilegais representam riscos para os próprios usuários. Diferente dos sites regulamentados, as plataformas clandestinas não oferecem garantias quanto ao pagamento dos prêmios e podem estar envolvidas em esquemas de fraude. Relatos de apostadores que tiveram suas contas bloqueadas sem explicação ou que não conseguiram sacar seus ganhos são comuns.
Outro problema grave é a falta de medidas de proteção contra o vício em jogos de azar. Enquanto casas de apostas legalizadas são obrigadas a seguir normas que incluem limites de depósito e ferramentas para autoexclusão, os sites ilegais frequentemente ignoram essas práticas. Isso pode levar ao aumento de casos de ludopatia (vício em jogos), um problema de saúde pública e uma preocupação do restante da população.
Um dos motivos mais prováveis para o aumento de tráfego nos sites clandestinos é a regulamentação ter imposto tantas regras e, continuar em sites ilegais, mesmo que sem garantia alguma, mas fugindo das exigências da SPA. Diante desse cenário, especialistas apontam que apenas o bloqueio de sites não é suficiente para combater as apostas ilegais. É necessário criar medidas e estratégias melhores para a educação dos consumidores, para que entendam os riscos de apostar em plataformas sem regulamentação. Também seria importante criar incentivos para que as operadoras se regularizem, pode ser uma solução mais eficaz do que simplesmente bani-las.
Algumas propostas que estão sendo discutidas incluem: