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Os Verdes renovaram seu apelo por regulamentações mais rígidas sobre anúncios de apostas, instando o governo australiano a avançar com as reformas há tempos postergadas antes das próximas eleições. O partido prometeu apoio a uma proposta para limitar a publicidade de jogos de apostas, oferecendo um compromisso para acelerar as mudanças legislativas que estão estagnadas desde o ano passado.
O primeiro-ministro Anthony Albanese reconheceu a necessidade de medidas adicionais para mitigar os danos causados pelo jogo, mas evitou se comprometer com uma proibição total da publicidade. A ministra das Comunicações, Michelle Rowland, admitiu que o progresso nas reformas tem sido mais lento do que o esperado, mas afirmou que o governo continua envolvido em consultas e no desenvolvimento de políticas.
A senadora dos Verdes, Sarah Hanson-Young, enviou recentemente uma carta a Rowland defendendo ações imediatas para restringir os anúncios de apostas. Embora o partido tenha anteriormente defendido uma proibição total, agora está disposto a modificar sua proposta para alinhá-la às reformas que supostamente foram consideradas pelo governo no ano passado. Essas medidas restringiriam os anúncios de apostas na internet, em programas infantis e em transmissões esportivas ao vivo, além de limitar a exibição desses anúncios a duas inserções por hora na programação geral da televisão.
Em uma publicação no Facebook, Hanson-Young disse não estar surpresa com o fato de que tanto o Partido Trabalhista quanto o Partido Liberal não tenham tomado medidas para combater os danos causados pelo jogo, uma vez que recebem grandes doações de empresas do setor.
“Os australianos querem a proibição desses anúncios antes das eleições, e estas próximas semanas de sessões parlamentares são uma oportunidade para o Partido Trabalhista trabalhar com os Verdes para que isso aconteça”, acrescentou.
A hesitação do governo australiano em introduzir novas restrições tem gerado críticas, especialmente de defensores da reforma do setor de jogos de apostas e de alguns parlamentares trabalhistas. O tema está em discussão desde agosto do ano passado, quando uma proposta teria sido apresentada à bancada do Partido Trabalhista, mas nunca foi finalizada ou enviada ao gabinete ministerial.
Apesar de reconhecer as preocupações em torno dos danos relacionados ao jogo, Albanese minimizou a urgência das reformas na publicidade, destacando iniciativas como o registro de autoexclusão BetStop. Ele também apontou possíveis consequências não intencionais da restrição aos anúncios de apostas, preocupação compartilhada por empresas de mídia e entidades esportivas que dependem de patrocínios desse setor.
A mídia local informou que grandes ligas esportivas e operadoras de apostas se opuseram fortemente às restrições propostas, citando os impactos financeiros para suas indústrias. Os esforços de lobby por parte de empresas de mídia e organizações esportivas têm contribuído para a relutância do governo em avançar com mudanças imediatas.
Apesar da disposição dos Verdes em apoiar uma proibição parcial, o governo não demonstrou intenção de avançar com as reformas no curto prazo. Rowland reafirmou que novas regulamentações para a publicidade de apostas só serão introduzidas após um processo de consulta detalhado.
Albanese reiterou as ações do governo no combate ao jogo problemático, mencionando medidas anteriores, como a proibição do uso de cartões de crédito para apostas. No entanto, com as eleições se aproximando e um número limitado de sessões parlamentares restantes, o tempo para aprovar novas restrições antes do início do período eleitoral está se esgotando.
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