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A Bélgica é o mais recente país a bloquear acesso ao Polymarket, uma plataforma de previsões baseada em criptomoeda, após a Comissão de Jogos da Bélgica (BGC) colocar o site na lista restrita por violar leis locais de jogos. A medida segue proibições semelhantes na França, Singapura e Estados Unidos, enquanto reguladores de todo o mundo intensificam a repressão a plataformas de apostas descentralizadas que operam fora dos quadros regulatórios tradicionais.
O Polymarket, fundado em 2020 por Shayne Coplan, ganhou atenção global durante as eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2020, permitindo que os usuários apostassem nos resultados políticos usando criptomoedas. A plataforma, que opera na blockchain Polygon, utiliza a stablecoin USDC para depósitos e apostas. Seus mercados de previsões cobrem uma ampla gama de eventos, desde resultados eleitorais até previsões climáticas, atraindo tanto entusiastas de criptomoedas quanto críticos.
No entanto, a plataforma enfrentou alegações de manipulação de mercado, particularmente durante as eleições dos EUA. Críticos acusaram a Polymarket de inflar artificialmente as probabilidades de vitória de Trump para influenciar a percepção pública. Embora o CEO Shayne Coplan tenha negado essas alegações, a controvérsia atraiu a atenção dos reguladores em todo o mundo.
A Comissão de Jogos da Bélgica emitiu seu primeiro aviso à Polymarket em novembro de 2024, citando violações da Lei de Jogos da Bélgica, que exige que os operadores obtenham uma licença para oferecer serviços de jogos. Quando a Polymarket não respondeu, um segundo aviso foi enviado em dezembro. Sem qualquer conformidade da plataforma, a BGC colocou a Polymarket na lista restrita em 30 de janeiro de 2025, solicitando aos provedores de internet belgas que bloqueassem o acesso ao site.
“Em novembro de 2024, emitimos um aviso de inadimplência e contatamos o site para cumprir com a Lei de Jogos da Bélgica”, afirmou a BGC. “Como não recebemos resposta, não tivemos outra opção senão colocar a plataforma na lista restrita.”
A Bélgica não está sozinha em sua repressão à Polymarket. A plataforma enfrentou proibições e investigações em vários países:
O modelo descentralizado do Polymarket tem sido tanto um ponto de venda quanto uma fonte de controvérsia. Enquanto os apoiadores elogiam sua acessibilidade e transparência, os críticos argumentam que a plataforma é vulnerável à manipulação e carece de proteções adequadas ao consumidor. Relatos de “wash trading” — onde traders aumentam artificialmente a atividade comprando e vendendo ativos repetidamente — alimentaram ainda mais o ceticismo.
Com uma nova administração pró-cripto nos EUA sob o presidente Donald Trump, alguns especulam que o cenário regulatório para plataformas como a Polymarket poderia mudar. No entanto, por enquanto, a plataforma continua sob intenso escrutínio.
À medida que mais países avançam para banir ou restringir a Polymarket, o futuro dos mercados de previsões descentralizados permanece incerto. Para os reguladores, o desafio está em equilibrar inovação com proteção ao consumidor em um mundo cada vez mais digital e descentralizado.