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A receita da Better Collective no primeiro trimestre de 2025 caiu 13% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando € 83 milhões, com o crescimento orgânico recuando 18%. Mudanças regulatórias no Brasil e a desaceleração do mercado dos EUA foram os principais fatores por trás da queda.
No primeiro trimestre de 2025, a Better Collective registrou uma receita de € 83 milhões, o que representa uma queda de 13% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento orgânico recuou 18%, principalmente devido a desafios externos em mercados estratégicos como Brasil e Estados Unidos.
A transição do Brasil para um mercado de apostas regulado impactou negativamente a receita da empresa em € 7 milhões. Além disso, efeitos comparativos relacionados ao lançamento do mercado na Carolina do Norte no primeiro trimestre de 2024, juntamente com uma redução nos investimentos em marketing por parte dos parceiros norte-americanos, agravaram ainda mais a retração, resultando em uma perda combinada de € 17 milhões.
Apesar da redução na receita, o grupo reportou um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de € 22 milhões no trimestre, o que corresponde a uma margem de 27%. A empresa reiterou sua projeção para o ano completo, esperando uma receita entre € 320 milhões e € 350 milhões, com um EBITDA de € 100 milhões a € 120 milhões em 2025.
Medidas de redução de custos, implementadas em outubro de 2024, ajudaram a mitigar o impacto negativo. As despesas do grupo caíram € 5 milhões, ou 8%, no primeiro trimestre, com mais de € 5 milhões economizados por meio de cortes de pessoal e ajustes operacionais. O programa de contenção segue em andamento, com uma meta de gerar € 50 milhões em economia anual.
A receita recorrente sofreu uma queda de 8% na comparação anual, impulsionada principalmente por um recuo de 13% na receita proveniente de divisão de lucros (revenue share). Por outro lado, a receita baseada em CPM (custo por mil impressões) apresentou crescimento de 13%, impulsionada pelo avanço inicial do mercado de publicidade digital no Brasil e pela integração da Playmaker Capital, concluída em fevereiro. A Playmaker adicionou € 7 milhões à receita do grupo.
As operações brasileiras geraram € 10 milhões em receita no primeiro trimestre. No entanto, atrasos nos pagamentos, decorrentes do novo regime regulatório do país, impactaram negativamente o fluxo de caixa em € 9 milhões.
O número de novos clientes depositantes (NDCs) no trimestre foi de 316 mil, uma queda de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior. A retração está ligada, principalmente, às restrições de bônus no Brasil e ao ritmo mais lento na aquisição de clientes, afetando a capacidade do grupo de expandir sua base de usuários no período.
Durante o trimestre, a Better Collective passou por uma ampla reestruturação operacional. Christian Kirk Rasmussen foi nomeado co-CEO ao lado de Jesper Søgaard. A empresa também reorganizou suas operações em três unidades de negócios globais: Publicação, Mídia Paga e Esports. A partir do segundo trimestre de 2025, a área de Esports será reportada como um segmento de negócios separado.Jesper Søgaard, cofundador e co-CEO, comentou: “De modo geral, nossos resultados do primeiro trimestre ficaram alinhados com as expectativas. Agora que estamos construindo a ‘Nova Better Collective’, estamos preparando o terreno para o crescimento futuro, focando na escalabilidade global e na otimização de nosso portfólio de marcas. Este é o começo de um novo e empolgante capítulo para a Better Collective. Agradeço a todos os meus colegas pelo apoio contínuo enquanto seguimos navegando pelas mudanças de mercado.”
A Better Collective confirmou, em abril de 2025, um programa de recompra de ações no valor de € 10 milhões e relatou um alcance digital de 450 milhões de visitas mensais em todo o mundo.
Esses resultados sucedem um forte desempenho no ano fiscal de 2024, quando a empresa registrou € 371 milhões em receita e € 113 milhões em EBITDA.
Embora enfrente pressões de curto prazo nos mercados do Brasil e dos EUA, a Better Collective segue comprometida com a otimização de suas operações e a expansão de sua presença global. O grupo mantém seu foco em cumprir as metas financeiras estabelecidas para 2025.