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A indústria global de jogos está passando por uma transformação regulatória, com o Brasil liderando um dos desenvolvimentos mais aguardados dos últimos anos. No novo episódio do podcast Decoding Gaming Law, Dr. Claudio Caruana, Diretor Jurídico da GiG, e Dr. Franklin Cachia, Diretor do CSB Group, analisaram o cenário jurídico do setor. O debate abordou as mudanças significativas nos mercados regulamentados, com destaque para dois dos mercados emergentes mais promissores: Brasil e Emirados Árabes Unidos.
Nos últimos anos, o Brasil implementou mudanças regulatórias inovadoras, consolidando-se como um dos mercados de jogos mais comentados. Apesar da ausência de regulamentação prévia, o país já exercia um papel de destaque na indústria. Dados indicam que mais de 20% do tráfego global de apostas online vem do Brasil, evidenciando o grande interesse da população por apostas esportivas e jogos de cassino. Com mais de 200 milhões de habitantes, uma classe média em crescimento e alta penetração da internet, o país representa uma oportunidade estratégica para operadores do mundo todo.
No entanto, os novos regulamentos também impõem desafios, como taxas de licenciamento elevadas e a proibição rigorosa de bônus, o que pode impactar as estratégias de marketing de afiliados. Apesar dessas barreiras, o potencial do mercado segue sendo enorme, e os principais players da indústria acompanham de perto sua evolução.
Para o Dr. Caruana, embora o Brasil seja, sem dúvida, um mercado promissor, fatores como o poder aquisitivo dos consumidores e seus hábitos de consumo serão determinantes para o crescimento do setor. Ainda é cedo para avaliar completamente o impacto das regulamentações, mas os indicadores atuais apontam para o Brasil como um futuro protagonista no cenário global de jogos.
Além dos avanços do Brasil na regulamentação de jogos, o episódio também destacou o novo sistema de licenciamento implementado nos Emirados Árabes Unidos, especialmente nas zonas francas de Abu Dhabi. Esse modelo permite que operadores obtenham licenças e atuem com maior flexibilidade. A mudança reflete uma tendência global em que jurisdições antes contrárias aos jogos de apostas agora adotam regulamentações para aumentar a arrecadação e fortalecer a proteção dos jogadores.
Um dos grandes desafios para os reguladores, segundo o Dr. Caruana, é incentivar os jogadores a escolherem operadores licenciados em vez de plataformas não regulamentadas. Esse conceito, conhecido como “canalização”, mede a parcela das apostas realizadas dentro do mercado regulamentado. Embora os governos almejem um índice de canalização de 90%, alcançar essa meta pode ser um desafio, devido à persistência da atuação de operadores ilegais.
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