ANJL do Brasil alerta pais sobre adolescentes envolvidos em apostas extremas

Ansh Pandey January 30, 2025
ANJL do Brasil alerta pais sobre adolescentes envolvidos em apostas extremas

A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) do Brasil emitiu um sério alerta aos pais e responsáveis sobre os riscos de menores acessarem plataformas de apostas online. Em um comunicado de imprensa divulgado em 28 de janeiro de 2025, a ANJL reforçou que apenas maiores de 18 anos podem utilizar sites de apostas.

Para acessar essas plataformas, os usuários agora são obrigados a fornecer seu número de Cadastro de Pessoa Física (CPF) e passar por verificações de reconhecimento facial para confirmar sua identidade e idade.

No entanto, a ANJL manifestou preocupação com a possibilidade de menores driblarem essas restrições caso pais ou responsáveis permitam o uso de seus dados pessoais – uma prática que configura crime.

O presidente da ANJL, Plínio Lemos Jorge, destacou que a responsabilidade de impedir o acesso de menores ao jogo deve ser compartilhada entre a indústria e as famílias. “A Associação fez sua parte ao criar mecanismos para impedir o acesso de menores, mas as ações de conscientização também precisam ser adotadas por aqueles que são responsáveis por essas pessoas”, afirmou.

Sites ilegais comprometem a confiança

A proliferação de sites de apostas ilegais agrava ainda mais essa questão. Diferentemente das plataformas regulamentadas, operadores não autorizados frequentemente não aplicam medidas de verificação de idade, permitindo que menores acessem conteúdos de jogo com facilidade. Lemos Jorge ressaltou: “Nos sites não autorizados, a realidade é diferente. As crianças podem acessá-los sem qualquer tipo de cadastro e ainda são incentivadas a jogar.”

Leonardo Benites, diretor de comunicação da ANJL, enfatizou a necessidade de uma responsabilidade coletiva sobre o tema. “Casas de apostas legítimas, que seguem a regulamentação, não têm interesse em atrair crianças. Mas todos devemos permanecer atentos contra aqueles que não cumprem a lei e continuar protegendo crianças e adolescentes”, afirmou.

Explosão no número de apostadores

O problema do jogo entre menores de idade no Brasil tem se agravado com o crescimento acelerado das apostas online. Nos últimos cinco anos, mais de 52 milhões de pessoas teriam participado desse mercado.

Esse aumento acendeu o alerta sobre o risco do desenvolvimento de vício em apostas, especialmente entre grupos vulneráveis, como os menores de idade.

Diante desse cenário, o governo brasileiro está intensificando a regulamentação do setor, incluindo o bloqueio de sites ilegais e a imposição de medidas mais rigorosas para operadores autorizados. Essas iniciativas fazem parte de um esforço mais amplo para mitigar os riscos do vício e proteger os jovens dos impactos nocivos das apostas.

A ANJL segue defendendo a criação de um arcabouço regulatório mais rígido e campanhas de conscientização pública para combater o jogo entre menores de idade. A entidade também solicita a implementação de mecanismos de denúncia contra sites ilegais e cobra do governo penalidades mais severas para operadores que descumprirem as exigências de verificação etária.

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