China e Camboja unem forças diante de aumento de crimes relacionados a jogos e deportações

Escrito por Ansh Pandey

Em um esforço conjunto para enfrentar as crescentes ameaças do jogo online e de golpes cibernéticos, o Camboja e a China se comprometeram a intensificar suas iniciativas de colaboração. Este compromisso foi formalizado durante uma reunião entre o Ministro do Interior cambojano, Sar Sokha, e o Embaixador chinês, Wang Wenbin, na semana passada em Phnom Penh.

Wang reafirmou o compromisso da China em reforçar as operações contra jogos de azar e golpes, destacando a importância de esforços conjuntos para combater esses crimes transnacionais. “Ambos os lados concordaram em fortalecer a colaboração contra jogos de azar online e golpes”, afirmou Wang.

O Ministério do Interior cambojano ressaltou a proliferação global do jogo online e a necessidade de cooperação internacional para combatê-lo. O porta-voz Touch Sokhak declarou: “A tendência dos jogos de azar online está se espalhando pela maioria dos países; por isso, organizamos a reunião para unir esforços.”

Compromisso com troca de informações e suporte material

Ambos os países se comprometeram a compartilhar informações, realizar operações conjuntas e garantir ações legais contra os responsáveis. As forças policiais chinesas irão colaborar com as autoridades cambojanas em operações, facilitando a repatriação de criminosos e vítimas. Além disso, a China fornecerá ao Camboja treinamento e suporte material para investigações de crimes cibernéticos.

Essa cooperação intensificada tem como objetivo conter atividades ilegais de cidadãos chineses no Camboja, abordando preocupações sobre o envolvimento de nacionais chineses em operações ilícitas no país.

Esse desenvolvimento segue os esforços crescentes das autoridades cambojanas para combater atividades ilegais envolvendo cidadãos chineses, especialmente no jogo online e em golpes cibernéticos. No último ano, houve um aumento significativo na participação de cidadãos chineses nesses crimes dentro do Camboja.

Centenas de chineses deportados no último ano

Em abril de 2024, uma operação resultou na deportação de 130 cidadãos chineses suspeitos de envolvimento em fraudes e jogos de azar online ilegais em Sihanoukville. Essa ação foi precedida por uma operação em março, na qual 300 suspeitos foram detidos, e equipamentos como computadores e telefones celulares foram apreendidos.

Em maio de 2024, cinco golpistas chineses foram deportados do Camboja. Esses indivíduos estavam envolvidos em crimes cibernéticos, fraudes e atividades de jogo ilegal no país.

De forma semelhante, em novembro de 2024, uma operação conjunta entre as polícias chinesa e cambojana levou à deportação de 240 cidadãos chineses envolvidos em fraudes relacionadas a jogos de azar e outras atividades ilícitas. Esses indivíduos foram enviados de volta à China em um voo fretado, e novas deportações estão previstas em lotes subsequentes.

Essa colaboração reforçada pode ser explicada pelo fato de a China, que considera o jogo ilegal, ter se aliado ao Camboja para combater essas atividades. Na realidade, a parceria da China vai além do Camboja, estendendo-se aos países da ASEAN para combater jogos de azar online e fraudes de telecomunicação, especialmente ao longo da fronteira entre Myanmar e Tailândia. A China tem incentivado os países da ASEAN a assumirem responsabilidade e implementarem medidas rigorosas para proteger os cidadãos e responsabilizar os criminosos.

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