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Curaçao deu um passo importante rumo à modernização de seu marco regulatório com a introdução das novas regras de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo (PLD/FT). A partir de 10 de abril de 2025, todas as empresas licenciadas sob a jurisdição da Autoridade de Jogos de Curaçao (CGA) deverão inserir suas políticas de PLD no portal da CGA até, no máximo, 30 de maio de 2025. Especialistas da área demonstraram preocupação com o prazo apertado e os possíveis impactos para os operadores licenciados.
Arran McCarthy, Diretor Comercial do EM Group e especialista em conformidade regulatória, expressou ressalvas quanto ao período de apenas um mês para que os operadores se adequem às novas exigências. Em entrevista ao SiGMA News, McCarthy alertou que a pressa no processo pode gerar insatisfação entre os atuais licenciados e afastar potenciais candidatos. “A CGA deveria implementar a supervisão dessas políticas de forma gradual, para que os operadores consigam se adaptar. Um mês é pouco tempo e pode acabar afastando os licenciados”, afirmou McCarthy.
Ele acrescentou que a transição de Curaçao para um modelo de licenciamento supervisionado diretamente pelo governo representa um avanço considerável em seu desenvolvimento regulatório. “Esse novo marco estabelece responsabilidades claras e coloca Curaçao em sintonia com os padrões internacionais.”
A nova legislação é resultado de mais de quatro anos de planejamento cuidadoso e consultas com especialistas. McCarthy destacou que esse novo modelo reforçará a reputação de Curaçao como uma jurisdição confiável, em conformidade com os padrões internacionais de PLD/FT. “Do ponto de vista internacional, essa legislação é moderna e atual. Ela posiciona Curaçao como um regulador sério, com capacidade para supervisionar e controlar seus licenciados de forma eficaz.”
Para cumprir o prazo de 30 de maio, os operadores deverão apresentar políticas detalhadas de combate à lavagem de dinheiro, baseadas no modelo estruturado fornecido pela CGA. Essas políticas devem incluir:
O não cumprimento dos requisitos definidos no documento publicado pela CGA pode resultar em penalidades, incluindo multas ou até a perda da licença de operação.
Curaçao está atualizando sua regulamentação de jogos com o objetivo de alinhar-se aos padrões internacionais e, principalmente, reduzir os riscos relacionados à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.
Com a implementação dessas medidas, o país busca consolidar sua posição como um centro global para operadores de jogos, esperando que regras mais rígidas atraiam empresas confiáveis em busca de uma jurisdição com supervisão sólida.
Os esforços da CGA devem fortalecer a confiança entre as partes interessadas e estimular a entrada de operadores de alta qualidade no mercado. No entanto, alguns representantes do setor demonstram preocupação com os desafios envolvidos na adaptação às novas exigências. Em entrevista exclusiva à SiGMA News, McCarthy sugeriu a adoção de uma fiscalização gradual para facilitar a transição.
À medida que o prazo final se aproxima, todos os envolvidos acompanharão de perto como os licenciados responderão às novas obrigações. O resultado dessa adaptação será determinante para a reputação de Curaçao no cenário internacional da indústria de jogos nos próximos anos.