Educação na África Oriental é apoiada por projetos voluntários malteses
É uma coincidência que dois projetos voluntários malteses pioneiros que apoiam o setor educacional tenham viajado para a África Oriental ao mesmo tempo na semana passada.
Nos últimos cinco anos, Lawrence Zerafa vem perseguindo seu sonho com um projeto que apoiou 63 bibliotecas na África Oriental. Zerafa é o ex-bibliotecário chefe do MCAST. Desde 2017, ele trabalha como voluntário com a Voluntiera Laji Missjunarji. Quando está na África Oriental, treina funcionários da biblioteca, professores e estudantes da região.
Obter patrocinadores não é fácil, mas Zerafa tem apoio de um número considerável de apoiadores leais. Ele também coleciona livros, revistas, DVDs e artigos de papelaria doados. Estes são enviados para bibliotecas em escolas e estabelecimentos de ensino em toda a África Oriental que são geridos pelos Salesianos, Jesuítas, Irmãs da Adoração e as Irmãs de Notre Dame.
Trinta toneladas de livros e equipamentos para o uso de estudantes do pré-primário ao pós-superior foram embalados em 1.332 caixas este ano. Eles foram enviados em contêineres com alguma dificuldade e custos substanciais. Em cada cidade do leste africano, agentes locais supervisionaram a distribuição para bibliotecas individuais.
Durante a mesma semana, Keith Marshall, diretor de filantropia da Fundação SiGMA, viajou com uma equipe de colegas e apoiadores para a Etiópia para inaugurar três escolas que fornecerão educação para mais de mil crianças. O projeto de três anos de duração foi apoiado por € 300.000 doados em fundos arrecadados por expedições anteriores ao Caminho de Santiago.
“A escola trará esperança e mudança para Bonga”, disse Austin Cachia, tesoureiro da Fundação e braço direito de Keith. “Este é o resultado de muito trabalho e da dedicação de inúmeras pessoas que se uniram para fazer uma mudança neste mundo.”
A SiGMA News conversou com Victor Vella que é o atual bibliotecário do MCAST. Ele diz que admira Zerafa, que ocupou o cargo de presidente da Associação de Bibliotecas de Malta. Acrescentou, ainda: “Lawrence também foi bibliotecário-chefe da MCAST. Ele está fazendo um trabalho que ninguém imaginaria, pois requer muito esforço e sacrifício. Além disso, é uma pessoa muito boa e humilde e, embora tenha me pedido para acompanhá-lo em sua viagem, tive que recusar por causa da minha responsabilidade familiar. Acredito que os projetos da Fundação SiGMA e Lawrence Zerafa na África são louváveis. Cada pessoa que tem a oportunidade deve fazer o seu melhor para apoiar a melhoria das estratégias educacionais na África.”
Zerafa retorna a Malta da África Oriental em meados de maio. Ele diz ” embora eu não esteja envolvido no projeto da escola SiGMA na Etiópia, acredito que é um projeto muito bom por muitas razões.” Além do apoio óbvio para o avanço da educação na África, Zerafa refere-se à escola nomeada em homenagem a Becs Zammit Lupi. Ele diz que “também transformou a dor de uma pessoa em um memorial vivo de imenso valor por muitas décadas.” Zerafa conclui “Parabéns aos iniciadores e apoiadores do projeto da Fundação SiGMA.”
Falando com a SiGMA News, Keith Marshall “o que Lawrence conseguiu reunir é simplesmente notável. O homem é claramente uma força a ser reconhecida. E o fato de que ele passa um período considerável de tempo ajudando os desprivilegiados diz muito. Que ele continue sua jornada.”
Marshall e Zerafa discutirão futuros projetos colaborativos em maio, quando Lawrence retornar a Malta.
