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Especialistas do setor debatem qual será a próxima "Las Vegas da Ásia" na SiGMA Ásia 2025

Matthew Busuttil
Escrito por Matthew Busuttil

Enquanto a indústria global de jogos se reúne em Manila para a SiGMA Ásia 2025, um painel discutiu uma questão que vem sendo debatida em conselhos administrativos e governos de toda a Ásia: qual será a próxima Las Vegas da Ásia?

Com mediação de Brady Hiscox, Diretor Executivo do Cosanta Technology Group, o painel reuniu grandes nomes do setor: Joe Pisano (fundador e CEO da Jade Entertainment), Evan Spytma (CEO da Casino Plus) e Lucifer Morningstar (CEO da Lucifer Gaming). Juntos, eles compartilharam suas visões sobre onde poderá surgir o próximo grande polo de jogos — e quais obstáculos podem surgir nesse caminho.

Tailândia desponta como candidata promissora

A Tailândia surgiu como uma das principais apostas na discussão, com especialistas destacando sua robusta infraestrutura turística e forte apelo internacional. “A Tailândia vai prosperar… eles são um centro de entretenimento para toda a Ásia Oriental”, afirmou Lucifer Morningstar, destacando que o país já está preparado, indo além apenas do setor de jogos.

Entretanto, o ambiente regulatório ainda está em evolução. Joe Pisano alertou: “Eles vão esperar que os cassinos físicos sejam construídos e estejam operando antes de regulamentar o online”, observando que o interesse dos investidores em resorts integrados pode diminuir se a concorrência online for liberada cedo demais.

Pisano também destacou as questões econômicas: “Se for possível ganhar muito dinheiro online, você vai pensar: gasto 5 bilhões ou gasto apenas 1 bilhão, entro no online e ganho o mesmo tanto?”

Sri Lanka: o candidato surpresa

Outro país que começa a ganhar destaque é o Sri Lanka. Pisano ressaltou sua localização estratégica e o histórico no setor de jogos: “Você tem 1,4 bilhão de pessoas logo ali ao lado… o setor de jogos já opera lá há muitos anos.” Com o iminente Projeto de Lei da Autoridade de Jogos e empreendimentos como o City of Dreams Colombo, o Sri Lanka pode se abrir para operadores globais.

“A receita por mesa é muito alta”, acrescentou ele, apontando os baixos custos operacionais e a mão de obra já disponível no país.

Filipinas: a atual líder

Embora outras regiões tenham potencial, o consenso entre os participantes foi claro: as Filipinas são atualmente o centro de jogos mais viável e dinâmico da Ásia.

“Se for para apostar em algum lugar… não há lugar melhor do que aqui nas Filipinas”, disse Spytma, elogiando a maturidade regulatória e a infraestrutura do país.

Joe Pisano complementou: “As Filipinas têm o melhor capital humano da região e também os melhores recursos naturais… este pode ser um dos principais motores econômicos da Ásia na próxima década.”

Com novos resorts integrados em desenvolvimento e um mercado de jogos online em plena expansão, o avanço das Filipinas é inegável. “Olhe para os números… só em dois anos. Fantástico”, comentou Pisano sobre o crescimento do setor online no pós-COVID.

Japão, Taiwan e outros mercados

Apesar do entusiasmo que já cercou o Japão, o painel demonstrou ceticismo. “A MGM iniciou as obras em Osaka… mas mesmo que comecem hoje, vai levar pelo menos sete anos”, avaliou Pisano. Quanto a Taiwan, Morningstar foi direto: “Nunca vai acontecer. É só um desejo.”

Encerrando a sessão, Pisano resumiu: “Filipinas no curto prazo. Fique de olho na Tailândia. E o Sri Lanka é a aposta fora do radar.”

Com o mapa dos jogos na Ásia sendo redesenhado, a corrida para definir quem será a próxima Las Vegas está esquentando — e a SiGMA Ásia continua sendo o palco ideal para acompanhar cada movimento.

“Se for para apostar em três mercados… a curto prazo e nos próximos 10 anos, tem que ser aqui [Filipinas].” — Joe Pisano

Quer mais insights como esse? Não perca os próximos painéis. Acompanhe a agenda da SiGMA Ásia 2025 e fique à frente no jogo.