Estudo de Oxford descobriu que altos níveis de jogo se correlacionam com aumento da mortalidade
Um estudo de pesquisadores da Universidade de Oxford descobriu que taxas mais altas de jogos de azar estão associadas a taxas mais altas de mortalidade e desemprego
Em um estudo publicado em 4 de fevereiro e intitulado ‘A associação entre jogos de azar e resultados financeiros, sociais e de saúde em grandes dados financeiros’, a Universidade de Oxford destaca os efeitos prejudiciais do jogo. Liderado pela Dra. Naomi Muggleton, do Departamento de Política Social e Intervenção de Oxford, o relatório conclui que o jogo está associado a consequências prejudiciais, como danos financeiros, uma taxa aguda e rápida de dependência e estilos de vida e saúde negativos.
Os pesquisadores descobriram que altos níveis de jogo estão relacionados a riscos negativos à saúde; encontrando um aumento de 37% na mortalidade como resultado. O estudo também encontrou uma correlação negativa entre jogos de azar e autocuidado, como viajar menos, isolamento social e nenhuma motivação para praticar hobbies e fazer exercícios físicos. O relatório diz:
Altos níveis de jogo estão associados a uma probabilidade de mortalidade cerca de um terço maior, tanto para homens quanto para mulheres, mais jovens ou mais velhos.
Além disso, o estudo relata que altos níveis de jogo estão associados a danos financeiros e 6% de probabilidade de desemprego futuro. Usando dados de mais de 100.000 indivíduos, o gasto médio resultou em £ 1.345 por ano em jogos de azar. De acordo com o relatório:
Alta taxa de jogo de azar está associada a uma taxa mais alta de uso de limite bancário não planejado, perda de cartão de crédito, empréstimo ou pagamento de hipoteca e tomada de empréstimo de ordenado.
No entanto, a Dra. Naomi Muggleton destaca as limitações do estudo:
Não está claro se o jogo causa resultados negativos ou se as pessoas já vulneráveis são visadas de forma desproporcional pelas casas de apostas, por exemplo, por meio de publicidade e localização de lojas de apostas em bairros pobres
A Dra. Rachel Volberg, da escola de saúde pública da Universidade de Massachusetts, traz à luz a importância de tais estudos argumentando:
Este estudo representa um salto real para nos ajudar a compreender os danos do jogo que irão influenciar o pensamento no campo dos estudos do jogo e além.
Como resultado, os pesquisadores emitiram um apelo aos legisladores para abordar o problema do jogo, introduzindo mais medidas para detectar e proteger os jogadores.
As descobertas ecoam uma pesquisa publicada pelo The Lancet no início deste mês, destacando as preocupações sobre problemas de jogo “urgentes, negligenciados e pouco estudados“.
Fonte: Oxford University
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