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O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) está prestes a determinar se os apostadores alemães podem reivindicar reembolsos por suas perdas de operadores que ofereceram seus serviços sem licenças válidas antes da regulamentação das apostas esportivas na Alemanha. Esta decisão segue uma referência do Tribunal Federal de Justiça da Alemanha, o Bundesgerichtshof (BGH).
De 2012 a 2020, muitos operadores de apostas solicitaram licenças alemãs, mas enfrentaram um longo processo burocrático que resultou em anos sem a emissão de licenças. Apesar disso, os operadores continuaram seus serviços sob licenças de outros países da UE, como Malta. Segundo a lei alemã, operar sem uma licença alemã válida é ilegal, o que poderia anular quaisquer contratos emitidos durante esse período e dar direito aos consumidores a reivindicar reembolsos.
O caso teve origem quando uma reivindicação de perdas no valor de € 3.719,26 foi apresentada diante de um tribunal distrital alemão. O autor argumentou que a Tipico, por estar sem licença durante o período das apostas, deveria devolver as perdas. O tribunal distrital rejeitou o caso e o recurso. No entanto, um número crescente de casos envolvendo reembolso de operadores foi apresentado aos tribunais e tratado de maneira inconsistente, levando o BGH a buscar um julgamento definitivo do Tribunal de Justiça da União Europeia.
A UE promove a livre circulação de serviços dentro da união, e este princípio pode levar o TJUE a decidir a favor dos operadores. As empresas argumentam que o processo de licenciamento alemão falho não deveria ser usado contra eles. Elas acreditam que o tribunal da UE pode decidir contra os reembolsos, alinhando-se com uma decisão anterior que identificou o processo de licenciamento alemão como incompatível com as regulamentações da UE. Se o TJUE se posicionar a favor dos operadores, isso validaria suas operações durante o vácuo de licenciamento e potencialmente limitaria suas responsabilidades financeiras.
O presidente da Associação Alemã de Apostas Esportivas, Mathias Dahms, declarou: “Estamos confiantes de que o TJUE decidirá a favor dos provedores e da liberdade europeia de prestar serviços, como já fez no passado.”