Autoridades de Macau reforçam neutralidade eleitoral para operadores de jogos

Traduzido por : Thawanny de Carvalho Rodrigues

A Comissão de Assuntos Eleitorais para a Eleição da Assembleia Legislativa e a Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos realizaram uma reunião com representantes das concessionárias de jogos de Macau e de associações locais de promotores de jogo com o objetivo de reforçar a obrigatoriedade de manter a neutralidade e a imparcialidade durante o período eleitoral. A oitava eleição da Assembleia Legislativa de Macau está marcada para o dia 14 de setembro.

Durante o encontro, o presidente da Comissão de Assuntos Eleitorais, Seng Ioi Man, relembrou os participantes sobre as obrigações legais estabelecidas pela Lei Eleitoral da Assembleia Legislativa. De acordo com essa legislação, as entidades gestoras das concessionárias de jogos de fortuna ou azar em casino, assim como as empresas ou empresários em nome individual contratualmente ligados às operações comerciais desses jogos, não podem participar, direta ou indiretamente, em campanhas eleitorais.

Funcionários devem manter neutralidade no local de trabalho

A Comissão também enfatizou que os funcionários das empresas de jogo devem manter uma postura neutra durante o desempenho de suas funções. “Os colaboradores das empresas em questão devem manter estrita neutralidade no exercício das suas funções e estão proibidos de afixar ou exibir, nos locais de trabalho, quaisquer cartazes, autocolantes ou materiais relacionados com campanhas eleitorais. Também é vedado o uso do horário laboral e do espaço de trabalho para a realização de propaganda ou atividades de campanha,” afirmou Seng.

Ele acrescentou que “a definição de local de trabalho inclui também os refeitórios e áreas de descanso destinadas aos funcionários; os períodos de pausa e refeição durante o horário de trabalho são igualmente considerados parte do exercício das funções.”

Empresas devem reforçar cumprimento das normas

A Comissão de Assuntos Eleitorais apelou às operadoras de jogo para que garantam que seus colaboradores estejam cientes dessas exigências. “As empresas concessionárias de jogos de fortuna ou azar devem assegurar, ao nível da gestão, a devida comunicação a todos os funcionários da mensagem clara de que devem manter estrita neutralidade e imparcialidade durante o desempenho das suas atividades,” declarou Seng.

(Fonte: Gabinete de Comunicação Social de Macau)

A Comissão advertiu ainda que, embora eventuais violações por parte dos funcionários sejam consideradas atos pessoais, cabe às empresas reportar qualquer infração. “Se uma empresa identificar qualquer violação, deve comunicar o mais rapidamente possível à Comissão de Assuntos Eleitorais ou à Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos, para que possam tomar as medidas adequadas de forma imediata,” disse Seng.

Representantes da Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos reafirmaram o compromisso de colaborar com a Comissão, afirmando que “caminharão de imediato à Comissão de Assuntos Eleitorais quaisquer indícios ou denúncias de infrações cometidas por concessionárias ou funcionários.” Eles também incentivaram os operadores de jogo a procurar esclarecimentos junto da Direção sempre que houver dúvidas sobre questões de conformidade.

Garantia do direito de voto aos trabalhadores

A Comissão reforçou que todos os colaboradores devem ter assegurado o seu direito ao voto no dia da eleição. Foi esclarecido que as empresas podem organizar transporte até os locais de votação, desde que não haja qualquer tipo de propaganda eleitoral envolvida.

“Se a empresa der orientações de voto aos trabalhadores, exibir materiais de campanha ou transmitir slogans eleitorais durante o transporte, estará a infringir a Lei Eleitoral da Assembleia Legislativa e cometerá um crime,” alertou Seng.

Setor compromete-se com o cumprimento das normas

Os participantes da reunião manifestaram o compromisso de “cumprir integralmente as orientações da Comissão de Assuntos Eleitorais, manter uma postura neutra e imparcial em relação à Eleição da Assembleia Legislativa, reforçar constantemente o cumprimento das normas por parte dos funcionários e intensificar a fiscalização nesse sentido.”