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O Conselho de Jogos da Pensilvânia (PGCB) multou a BetMGM em US$ 260.905 por violações ao programa estadual de autoexclusão. Esse programa tem o objetivo de ajudar indivíduos com vício em jogos de azar, impedindo-os de acessar cassinos e sites de apostas online. No entanto, uma auditoria interna revelou que a BetMGM permitiu que 152 jogadores autoexcluídos fizessem apostas entre 2021 e 2023.
Detalhes da multa
A BetMGM foi penalizada após uma investigação identificar falhas significativas na aplicação das medidas de autoexclusão. O PGCB constatou que, entre 2021 e 2023, a empresa não bloqueou 152 indivíduos autoexcluídos de acessar suas plataformas, o que resultou em movimentações financeiras substanciais.
O programa de autoexclusão da Pensilvânia permite que pessoas com problemas de jogo se excluam voluntariamente de atividades de apostas, incluindo cassinos, apostas online e esportes de fantasia. Os participantes podem escolher diferentes períodos de exclusão, impedindo-se de realizar apostas durante esse tempo.
Ao todo, jogadores autoexcluídos depositaram um total de US$ 436.381,00, enquanto US$ 175.476,89 foram retirados, gerando uma diferença líquida de US$ 260.904,11.
A BetMGM reconheceu as violações e adotou medidas corretivas, incluindo o fechamento das contas afetadas, auditorias internas para identificar as causas das falhas, aprimoramento das medidas de segurança para evitar novas infrações e a doação de US$ 20.000 ao Conselho da Pensilvânia para Problemas com Jogos de Azar.
Um porta-voz da BetMGM declarou ao SBC Américas por e-mail: “A BetMGM assume total responsabilidade pelas violações de autoexclusão ocorridas na Pensilvânia em 2021 e tomou medidas significativas para aprimorar suas práticas e evitar incidentes futuros. A empresa continua comprometida com o jogo responsável, investindo em treinamento, pesquisas, programas educacionais e serviços de telemedicina.”
Durante uma reunião do PGCB, o comissário Shawn Dillon expressou preocupação com os altos valores depositados por jogadores autoexcluídos. Ele questionou como um indivíduo conseguiu depositar mais de US$ 183.000 sem que isso gerasse um alerta. “Quem tem dinheiro para depositar US$ 183.000? Um depósito desse porte não deveria acionar um alerta? Ninguém monitora essas transações?”, perguntou Dillon.
A diretora sênior de conformidade da BetMGM, Sarah Brennan, respondeu que, embora o comportamento dos jogadores seja monitorado para fins de prevenção a fraudes e lavagem de dinheiro, o tamanho do depósito, por si só, não necessariamente gera um alerta, a menos que seja acompanhado de outras atividades suspeitas.
Brennan afirmou: “A empresa avalia os jogadores quanto a qualquer inconsistência no comportamento, mas observa que a BetMGM possui clientes de todos os perfis. Somente o valor do depósito não é um critério suficiente para levantar suspeitas, a menos que existam outros fatores que acionem os alertas de risco de fraude ou lavagem de dinheiro.”
O caso da BetMGM destaca a necessidade de uma fiscalização rigorosa para garantir a eficácia da autoexclusão e promover o jogo responsável. Isso inclui o aprimoramento da tecnologia para identificar jogadores autoexcluídos, melhor treinamento dos funcionários para evitar erros e uma supervisão regulatória mais eficiente para assegurar o cumprimento das regras.