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O senador filipino Sherwin Gatchalian alertou que sindicatos criminosos, incluindo aqueles ligados aos Operadores de Jogos Offshore das Filipinas (POGO), podem ter infiltrado a Autoridade de Estatísticas das Filipinas (PSA), o Departamento de Imigração (BI), o Departamento de Relações Exteriores (DFA) e a Polícia Nacional das Filipinas (PNP). De acordo com a mídia local, o senador pediu medidas mais rigorosas para impedir a emissão de documentos fraudulentos e penas mais severas para os cartórios civis envolvidos em registros ilegais.
Gatchalian apresentou um projeto de lei para expandir a autoridade da PSA e instou as forças de segurança a desmantelarem redes que facilitam operações ilegais dos POGOs. Ele enfatizou que, sem uma ação imediata, instituições governamentais podem continuar a ser exploradas por grupos criminosos.
The recent raid on a travel and consultancy company involved in issuing “questionable but genuine” Philippine government documents strengthens our suspicion that criminal syndicates may have infiltrated government agencies such as the Philippine Statistics Authority, Bureau of… pic.twitter.com/OcwPLfVjIk
— Win Gatchalian (@WinGatchalian74) February 8, 2025
A declaração de Gatchalian ocorre após uma recente operação em uma agência de viagens e consultoria em Manila ter revelado um esquema que supostamente permitia aos POGOs obter documentos governamentais falsificados, aumentando as preocupações sobre uma possível infiltração de sindicatos criminosos em órgãos importantes. Durante a operação, as autoridades filipinas encontraram certidões de nascimento e casamento falsas, além de um passaporte contendo a foto de um estrangeiro, mas com um nome filipino.
Na semana passada, a Comissão Presidencial de Combate ao Crime Organizado (PAOCC) identificou a agência como um elo fundamental nas investigações em andamento sobre crimes relacionados aos POGOs. Autoridades acreditam que a empresa ajudava estrangeiros a obter documentos governamentais com aparência legítima, permitindo que permanecessem no país, apesar da ordem do presidente Ferdinand Marcos Jr. para encerrar todas as operações de POGO até o final de 2024.
A operação também revelou casos de extorsão relacionados às atividades dos POGOs. Relatórios indicam que indivíduos pagaram grandes quantias à agência de viagens para garantir a libertação de parceiros detidos. Uma denunciante afirmou ter pago PHP 900.000 (€ 15.000) para libertar seu noivo, enquanto outra supostamente desembolsou PHP 1,1 milhão (€ 18.343) para garantir a soltura de seu marido após uma operação contra um POGO na cidade de Parañaque.
O diretor executivo da PAOCC, Gilberto Cruz, declarou que a agência de viagens desempenhou um papel importante na investigação do Senado sobre os POGOs, ajudando operadores a obter documentos oficiais apesar da repressão em andamento. Ele também revelou que funcionários da empresa se passaram por agentes da PAOCC para extorquir dinheiro, embora nenhum membro real da PAOCC tenha participado das fraudes.
As autoridades locais agora investigam se funcionários do governo facilitaram a emissão ilegal de documentos. Os investigadores suspeitam que sindicatos criminosos atuando dentro de órgãos públicos podem estar fornecendo papéis falsificados a estrangeiros, permitindo que evitem os controles de imigração.
Na semana passada, o Departamento Nacional de Investigação (NBI) informou que está investigando se polos de POGOs estão sendo usados para espionagem por cidadãos chineses. Embora as autoridades não tenham divulgado detalhes específicos da investigação, o diretor do NBI, Jaime Santiago, confirmou que escritórios regionais estão ativamente coletando informações. Ele acrescentou que o órgão também está trabalhando em conjunto com o Serviço de Inteligência das Forças Armadas das Filipinas (ISAFP) para avaliar possíveis ameaças à segurança nacional.