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Em 29 de abril, o Conselho de Controle e Licenciamento de Apostas (BCLB, na sigla em inglês) do Quênia suspendeu por 30 dias todas as propagandas de jogos de azar em todo o país. Essa pausa inesperada teve como objetivo desacelerar a normalização das apostas e dar tempo para que as autoridades estabelecessem novas diretrizes para a publicidade. Agora, com o fim da proibição, o BCLB lançou regras detalhadas para promover o jogo responsável e proteger grupos vulneráveis, como crianças e jovens.
De acordo com as novas normas, anúncios de jogos de azar só podem ser veiculados ou publicados após aprovação prévia do BCLB, além de receberem uma classificação formal da Kenya Film Classification Board (KFCB). Para obter essas autorizações, os operadores devem cumprir os requisitos estabelecidos em duas leis: a Lei de Apostas, Loterias e Jogos (CAP 131) e a Lei de Filmes e Peças Teatrais (CAP 222). Todos os materiais publicitários precisam ser enviados antecipadamente para ambas as autoridades, e a divulgação só poderá ocorrer após a emissão dos certificados de liberação.
As regras proíbem mostrar o jogo como algo excitante ou isento de riscos. É vedado o uso de celebridades, influenciadores digitais ou depoimentos de clientes nos anúncios. O conteúdo de marketing deve evitar transmitir a ideia de que apostar gera dinheiro fácil, sucesso ou popularidade. Ao eliminar imagens idealizadas e histórias de conquistas pessoais, o BCLB busca enquadrar o jogo como uma atividade controlada, e não uma forma garantida de enriquecer.
Todo anúncio deve exibir o número da licença do operador emitida pelo BCLB. A frase “Não recomendado para menores de 18 anos” precisa aparecer no anúncio, seja na tela ou em texto, acompanhada de uma mensagem sobre jogo responsável. Os operadores também devem incluir informações de contato corretas, como um número de atendimento ao cliente. Devem ainda confirmar que seu serviço de apostas é “autorizado e regulado pelo BCLB”. Essas medidas visam garantir transparência e oferecer canais de apoio para quem possa apresentar comportamento problemático com o jogo.
As novas regras restringem a publicidade em espaços abertos. Conteúdos relacionados a jogos só podem aparecer em painéis digitais, com limite máximo de dois anúncios por hora em cada painel. O BCLB proibiu a realização de roadshows, argumentando que eles atraem a atenção de pedestres de forma indiscriminada. Ao limitar a publicidade externa a plataformas digitais específicas e controlar a frequência das mensagens, os reguladores querem reduzir a exposição do público a propagandas de jogos em ambientes públicos.
Organizações de mídia e agências de publicidade precisam garantir que cada anúncio de jogo que veicularem tenha autorização válida. Caso contrário, podem sofrer penalidades. Plataformas digitais focadas em jogos devem ser ainda mais rigorosas, usando controles de idade rigorosos para impedir que menores de 18 anos acessem seus anúncios. A legislação torna tanto os criadores quanto os distribuidores responsáveis pelo cumprimento das normas.
Jane Mwikali Makau, presidente do BCLB, destacou o processo de elaboração dessas diretrizes. Um Grupo Multissetorial de Fiscalização ajudou a desenvolver o código de conduta, com representantes de órgãos como a Kenya Film Classification Board e o Ministério do Interior. Também participaram:
Todas essas instituições são supervisionadas pelo Gabinete Executivo do Presidente. Makau ressaltou que “todos os veículos de mídia devem seguir o Código de Conduta para Práticas Midiáticas 2025 ao divulgar anúncios de jogos”. Inspeções regulares e avaliações disfarçadas ajudarão o BCLB e seus parceiros a identificar violações por meio de esforços conjuntos.
As novas leis têm como foco proteger os menores, já que a publicidade de jogos de azar tem alcançado cada vez mais jovens nos últimos anos. Pesquisas indicam que a exposição a anúncios de apostas aumenta o risco de vício. O BCLB pretende reduzir o envolvimento de menores com jogos por meio da verificação rigorosa da idade e do uso de avisos como “Não recomendado para menores de 18 anos”. Essas medidas buscam minimizar os impactos negativos do jogo na sociedade.
Os operadores agora sabem quais passos devem seguir para retomar a publicidade, embora o prazo seja apertado. Cada titular de licença deve reenviar suas campanhas atuais para aprovação dupla em até 14 dias após o fim da proibição. O mesmo processo será aplicado para novos conteúdos de marketing. O BCLB afirma que analisará e processará as solicitações em até sete dias úteis, desde que todos os requisitos técnicos e de conteúdo sejam cumpridos.
As novas regras quenianas para publicidade de jogos de azar demonstram uma clara tendência de controle mais rigoroso e maior proteção ao consumidor. O BCLB e os órgãos envolvidos buscam construir um ambiente de apostas responsável, que leve em consideração a saúde pública. Agora, anúncios de apostas esportivas, loterias e cassinos podem voltar a ser exibidos, mas somente após um criterioso processo de avaliação que visa proteger menores e adultos vulneráveis de influências nocivas.
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