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O Resorts World Las Vegas, um dos cassinos mais modernos da Strip, foi multado em US$ 10,5 milhões por não cumprir regras contra lavagem de dinheiro. Essa foi a segunda maior multa já aplicada pelos reguladores de jogos de Nevada, ficando atrás apenas da penalidade de US$ 20 milhões imposta à Wynn Resorts em 2019.
A investigação começou depois de uma denúncia feita pelo Nevada Gaming Control Board (NGCB) em 2024. O Resorts World foi acusado de não seguir os protocolos exigidos para evitar lavagem de dinheiro e permitir que apostadores de alto nível, incluindo pessoas com histórico criminal, jogassem sem a devida verificação da origem dos fundos.
Um dos casos mais graves foi o de Mathew Bowyer, um bookmaker ilegal da Califórnia, que apostou quase US$ 8 milhões no cassino ao longo de 20 meses sem que fosse feita uma checagem adequada de seus recursos. A esposa dele, Nicole Bowyer, trabalhava como agente independente no cassino e lucrava diretamente com as apostas do marido, o que também vai contra as regras regulatórias.
O cassino não admitiu nem negou as acusações, mas aceitou pagar a multa e implementar uma série de mudanças para evitar problemas semelhantes no futuro.
Além de pagar a multa, o Resorts World se comprometeu a seguir novas regras para melhorar a fiscalização e evitar fraudes. As principais mudanças incluem:
Caso as auditorias internas dos próximos dois anos não sejam consideradas suficientes, uma auditoria externa será obrigatória.
Mudança na liderança do cassino
Durante o período em que essas falhas ocorreram, o Resorts World Las Vegas era comandado por Scott Sibella, que deixou o cargo em setembro de 2023. Sibella já havia sido acusado de não relatar transações suspeitas quando trabalhava no MGM Grand e, por isso, perdeu sua licença de jogos em Nevada e foi multado em US$ 10.000. Ele também está proibido de trabalhar na indústria de cassinos do estado pelos próximos cinco anos.
Para restaurar a credibilidade do cassino, a empresa-mãe Genting Berhad reformulou sua diretoria e colocou novas lideranças à frente da operação. Entre os novos diretores estão ex-funcionários de cargos altos de grandes empresas de jogos, além do ex-governador de Nevada, Brian Sandoval. O novo CEO, Alex Dixon, assumiu o cargo em janeiro de 2024 com o objetivo de tornar o cassino referência em conformidade com as regras do setor.
O caso do Resorts World Las Vegas serviu como alerta para toda a indústria de cassinos. Reguladores deixaram claro que vão intensificar a fiscalização e cobrar um compromisso maior com regras contra lavagem de dinheiro.
Esse caso pode afetar os planos do Resorts World de expandir seus negócios. Em Nova York, por exemplo, as autoridades que analisam propostas para novos cassinos estão de olho nesse caso e em outras polêmicas envolvendo grandes operadoras de jogos. Brian O’Dwyer, presidente da Comissão de Jogos do Estado de Nova York, disse que espera que todos os candidatos a novas licenças tenham a mais alta integridade.
O Resorts World Las Vegas agora enfrenta o desafio de recuperar sua imagem e mostrar que está comprometido em seguir as regras. Com novas medidas de fiscalização e uma nova liderança, o cassino tenta virar a página e evitar que problemas como esses voltem a acontecer.