Soft2Bet: O valor da gamificação – entrevista com o CPO Yoel Zuckerberg

Escrito por Jillian Dingwall
Traduzido por : Thawanny de Carvalho Rodrigues

A gamificação em jogos de caça-níqueis online e apostas esportivas tem ganhado força, transformando as experiências tradicionais de jogo em experiências mais envolventes e interativas, uma tendência que empresas como a Soft2Bet estão abraçando ativamente para aprimorar a experiência do usuário e a retenção. Essa mudança fascinante tem números impressionantes de retenção e engajamento que comprovam seu sucesso.

Yoel Zuckerberg, Diretor de Produto da Soft2Bet, falou exclusivamente com a SiGMA News sobre o surgimento da gamificação, como ela beneficia os jogadores e operadores e para onde ela pode estar indo no futuro.


A gamificação está se tornando uma parte essencial da experiência de caça-níqueis e apostas esportivas, mas não foi sempre assim. Por que agora?

Yoel Zuckerberg: A gamificação demorou para surgir no espaço iGaming porque os operadores não viam necessidade urgente de inovar. No início dos anos 2000, antes da imposição de regulamentações rigorosas, o dinheiro estava fluindo e os operadores não estavam motivados a melhorar a experiência do jogador além do modelo básico de jogo. Mas hoje, com o aumento da regulamentação, maior concorrência e evolução das expectativas dos jogadores, a indústria está reconhecendo a necessidade de diferenciação por meio da inovação.

Que tipo de modelos de gamificação estamos vendo no espaço iGaming?

YZ: YZ: Na Soft2Bet, implementamos vários modelos de gamificação, desde quadros de líderes e torneios padrão até sistemas mais avançados que integram elementos de jogos sociais. Um exemplo é a chance de acumular moedas enquanto joga no cassino ou faz apostas esportivas. Essas moedas podem ser trocadas por bônus, apostas grátis, etc., ou você pode usá-las para colecionar cartões exclusivos, recebendo uma recompensa quando completar toda a coleção.

Os resultados têm sido impressionantes. Na Dinamarca, por exemplo, a retenção aumentou em 128% quando introduzimos conquistas gamificadas e mecânicas de cartas colecionáveis. Da mesma forma, na Suécia, um mercado altamente regulamentado, a retenção aumentou em 87%. A principal lição? Os jogadores permanecem engajados por mais tempo quando se sentem parte de um sistema de progressão, em vez de dependerem apenas da sorte.

soft2bet
Dados fornecidos pela Soft2Bet, 2025

Quais modelos de gamificação foram os mais bem-sucedidos e há algum que não tenha funcionado como esperado?

YZ: Os jogadores respondem melhor a mecânicas que apoiam a progressão e a competição: pontos de experiência, missões, quadros de líderes e desafios. Essas mecânicas criam empolgação e uma sensação de conquista.

Por outro lado, sistemas excessivamente complicados tendem a falhar. Se os jogadores não entendem como uma funcionalidade gamificada funciona ou se as recompensas parecem insignificantes, eles perdem o interesse rapidamente. Outro fator crítico é o aspecto da narrativa; os jogadores se envolvem mais profundamente quando sentem que estão em uma jornada, em vez de simplesmente girar roletas.

Vocês enfrentaram resistência quando introduziram esses modelos de gamificação para os operadores?

YZ: Alguns operadores eram céticos no início, vendo a gamificação como algo desnecessário. No entanto, eles rapidamente mudaram de opinião quando viram os números e como o engajamento e o valor vitalício do jogador aumentaram. A indústria está finalmente percebendo que a inovação é a chave para a sobrevivência. A gamificação não é mais uma novidade; é uma necessidade.

Mas, de modo geral, quando promovemos nossos produtos de gamificação pela primeira vez, a reação é geralmente: “Uau, como podemos obter isso para nossos jogos?” Cada operador tende a ter os mesmos jogos, os mesmos métodos de pagamento, mais ou menos os mesmos fluxos, etc. Uma das únicas maneiras de se diferenciarem é por meio do próprio produto. E é aí que entram os modelos de gamificação da Soft2Bet.

Você acha que a gamificação se tornará mais complexa à medida que as novas gerações, que estão acostumadas a mecânicas de jogos mais intricadas, entrarem no mercado?

YZ: Definitivamente, mas é uma questão de equilíbrio. Jogadores mais velhos preferem mecânicas mais simples, enquanto as gerações mais jovens esperam experiências mais interativas. Com o tempo, veremos uma mudança em direção a recursos de gamificação mais imersivos e personalizáveis. A inteligência artificial desempenhará um papel significativo em adaptar os desafios aos jogadores individuais, mantendo a experiência sempre nova e envolvente.

Além disso, estamos explorando ambientes no estilo metaverso, onde os jogadores podem interagir além de simplesmente apostar. No futuro, os jogos de caça-níqueis podem incorporar elementos baseados em habilidade, onde os jogadores fazem escolhas estratégicas em vez de depender apenas da sorte.

Dado que a gamificação muitas vezes incorpora recompensas e mecânicas semelhantes aos videogames, como vocês garantem que esses recursos não atraiam o público menor de idade?

YZ: A regulamentação é a base de tudo o que fazemos. Garantimos que nossos recursos de gamificação sejam envolventes sem ser enganosos. Evitamos mecânicas como loot boxes, que podem criar ambiguidades em relação às recompensas, e garantimos que todos os bônus e incentivos sejam transparentes. Além disso, seguimos rigorosamente os processos de verificação de idade, ferramentas de jogo responsável como o controle de tempo e autoexclusão, e limites de gasto, em conformidade com os diferentes mercados regulamentados.

Embora tenhamos ideias inovadoras que poderiam ultrapassar os limites, sempre garantimos que tudo o que publicamos esteja em conformidade com os padrões de jogo responsável. Nosso objetivo final é aumentar o engajamento, mantendo-nos dentro dos parâmetros éticos e legais.

Há espaço para aumentar ainda mais a sobreposição entre videogames tradicionais e caça-níqueis gamificados, ou são dois públicos fundamentalmente diferentes?

YZ: Depende da execução. Os gamers estão acostumados com desafios, conquistas e mecânicas baseadas em habilidade. As apostas em eSports já provaram que há uma sobreposição natural. O segredo é integrar elementos de jogo sem perder o apelo central do jogo de azar. Estamos explorando mecânicas mais interativas, onde escolhas estratégicas podem impactar a jogabilidade, tornando-o mais do que apenas um jogo de sorte.

Qual foi o seu modelo de gamificação favorito para desenvolver?

YZ: Pessoalmente, adoro sistemas no estilo de batalha e jogos de bônus baseados em habilidade. Eles mantêm os jogadores engajados com marcos claros e elementos interativos. Nosso objetivo é transformar o jogo de azar, que é baseado puramente na sorte, em uma experiência mais envolvida e gratificante.


À medida que o jogo de azar online continua a evoluir, a gamificação está se mostrando um divisor de águas, com os operadores que adotam essas inovações prontos para liderar a indústria em uma nova era de engajamento e retenção de jogadores.

Com os avanços em inteligência artificial, personalização e até mesmo o potencial de ambientes no estilo metaverso, o futuro do jogo gamificado oferece possibilidades emocionantes. Seja por meio de jornadas baseadas em histórias ou experiências mais imersivas, aqueles que se adaptarem e inovarem se destacarão em um cenário cada vez mais competitivo.

Fique atento, pois a SiGMA News continuará a cobrir as últimas tendências no iGaming, trazendo insights de líderes da indústria que estão moldando a próxima geração do jogo de azar online.

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