Estratégias que convertem: os segredos por trás da mídia digital de alta performance

Escrito por Matthew Busuttil

BiS SiGMA Américas 2025 – Palco Jardins | 8 de abril de 2025 | São Paulo, Brasil

Durante o BiS SiGMA Américas 2025, realizado em São Paulo, grandes nomes do marketing digital subiram ao palco Jardins para explorar a arte e a ciência por trás da mídia digital de alto desempenho. O painel, com o título sugestivo “Estratégias que Convertem: O Segredo por Trás da Mídia Digital de Alta Performance”, abordou como a inovação nos canais digitais não só está ampliando o alcance de audiência, mas também transformando a própria estrutura de execução das campanhas.

A sessão contou com a participação de especialistas do setor, como Leonardo Benites, CEO da Propane; Sandro Cachiello, Head de Vendas e Desenvolvimento de Negócios da Meta; e Rafael Camargo, Head de Vendas do Kwai for Business. Cada um trouxe uma visão única, moldada por suas respectivas plataformas, oferecendo um panorama abrangente das estratégias que estão redefinindo o cenário do marketing.

Precisão acima da popularidade: a abordagem da Propane

Leonardo Benites abriu o debate destacando a virada definitiva do alcance em massa para a segmentação de precisão. Em sua visão, campanhas bem-sucedidas não são mais aquelas que buscam agradar a todos, mas sim as que conseguem engajar o usuário de forma individualizada, utilizando insights comportamentais para entregar mensagens sob medida e em momentos-chave. “A era das mensagens genéricas ficou para trás”, afirmou. “Hoje, o que importa é a relevância contextual em tempo real — falar com a pessoa certa, com a mensagem certa, no exato momento da decisão.” Sob sua liderança, a Propane tem investido fortemente em modelagem comportamental e análise preditiva, reforçando a convicção de que a criatividade eficaz deve ser guiada por inteligência de dados — e não por intuição.

O ecossistema orientado por dados da Meta

Contribuindo com uma nova camada à discussão, Sandro Cachiello, da Meta, trouxe o ponto de vista da marca sobre desempenho orientado por métricas. Segundo ele, a Meta opera hoje com um sistema de ciclo fechado, em que dados primários impulsionam resultados detalhados e mensuráveis. “Marketing de performance não é mais só sobre cliques e impressões. A questão agora é o valor incremental — o que de fato está impulsionando os resultados da marca?” Cachiello explicou que os modelos de machine learning da Meta se adaptam em tempo real, processando bilhões de sinais de comportamento diariamente. No entanto, ele alertou que, para que esses sistemas atinjam seu potencial, os profissionais de marketing precisam garantir que suas criações e estratégias de público sejam tão inteligentes quanto as plataformas que as distribuem.

Capturando cultura com narrativas em formato curto

Representando a frente mobile-first, Rafael Camargo trouxe uma perspectiva inovadora a partir da experiência do Kwai for Business. Com a rápida expansão da plataforma na América Latina, Camargo destacou a crescente relevância de conteúdos curtos e culturalmente relevantes. “O vídeo curto não é apenas uma tendência — é uma mudança de comportamento”, explicou. “Com a redução da atenção do público, a narrativa das marcas precisa acompanhar essa evolução.” O Kwai tem conquistado espaço em mercados regionais muitas vezes ignorados por plataformas tradicionais, e Camargo atribui esse sucesso ao compromisso da empresa com uma localização mais sensível e detalhada — uma estratégia que, segundo ele, deixou de ser um diferencial e passou a ser um requisito básico.

Estratégias integradas para um cenário fragmentado

Ao longo da sessão, um tema recorrente ficou evidente: a convergência entre dados, agilidade e fluência criativa como pilares essenciais de estratégias de conversão. Os participantes concordaram que a eficácia das campanhas em 2025 dependerá da capacidade dos profissionais de marketing de integrar dados entre plataformas de forma coesa e com base em consentimento. Também houve consenso sobre a importância da responsividade em tempo real dentro dos modelos de execução, permitindo que marcas testem, ajustem e evoluam com rapidez. Além disso, embora a automação e a IA estejam facilitando os processos, a criatividade humana continua sendo insubstituível — é por meio de narrativas ousadas e centradas nas pessoas que se conquista a atenção e se promove engajamento real. E um ponto essencial: não há mais espaço para reaproveitamento genérico de conteúdo — cada plataforma exige uma estratégia personalizada, baseada nos comportamentos nativos e nas expectativas do usuário.

Mais inteligência, menos barulho

Com a mídia digital evoluindo em ritmo acelerado, a sessão deixou um recado claro e oportuno: o sucesso no marketing atual não está no volume, mas na inteligência estratégica. As marcas não precisam apenas investir mais — precisam investir de forma mais inteligente, alinhando dados, plataformas e criatividade dentro de um ecossistema coeso e orientado a resultados.

Fique atento à programação do evento para não perder nenhum painel!