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O governo sueco iniciou uma revisão significativa de sua Lei de Jogos, com o objetivo de fechar brechas que têm permitido que operadores de jogos não licenciados atinjam jogadores suecos.
Essa medida vem após a Associação Comercial Sueca de Jogos Online (BOS) ter levantado preocupações sobre áreas cinzentas da legislação que permitem que essas empresas operem sem consequências. O governo deseja reforçar as regras para proteger melhor os consumidores e garantir uma competição justa no mercado de jogos.
A Suécia reformulou sua Lei de Jogos em 2019 para regular os jogos online e exigir que os operadores obtenham uma licença. No entanto, críticos afirmam que a lei é vaga ao definir o que significa “atingir jogadores suecos”.
Atualmente, empresas de jogos não licenciadas ainda podem aceitar clientes suecos, desde que não utilizem o idioma sueco ou a moeda local, a coroa sueca. Essa brecha tem impulsionado o aumento dos jogos não regulamentados, dificultando a competição para os operadores licenciados.
Gustaf Hoffstedt, secretário-geral da BOS, apontou o problema do sistema atual: “O problema não está com qualquer provedor de pagamento individual, mas com uma legislação inadequada. O chamado Escopo de Aplicação da Lei de Jogos não criminaliza as empresas de jogos não licenciadas que aceitam passivamente consumidores suecos.”
Ele explicou que muitos desses operadores permanecem fora do radar ao evitar serviços em sueco e transações em coroas suecas, facilitando sua operação sem licença.
Para resolver esse problema, o Ministério das Finanças da Suécia designou Marcus Isgren, presidente do Conselho Sueco de Reclamações do Consumidor, para revisar a Lei de Jogos. Ele tem a tarefa de criar um sistema que manterá os operadores não licenciados fora do mercado sueco até 17 de setembro de 2025.
Uma possível solução poderia ser ajustar o “critério direcional”, que determina se um serviço de jogos precisa de uma licença sueca.
O Ministro dos Mercados Financeiros, Niklas Wykman, enfatizou a importância dessas mudanças: “Vamos parar as empresas de jogos fraudulentas que exploram consumidores vulneráveis.” O governo vê essa revisão como um passo crucial para fechar as brechas que permitiram que operadores ilegais prosperassem.
Essa revisão ganhou ainda mais urgência após uma recente decisão do Tribunal de Apelações, que decidiu a favor da Zimpler, uma plataforma de pagamentos acusada de processar transações para operadores de jogos não licenciados. O tribunal concluiu que, embora a Zimpler tenha fornecido esses serviços, não era tecnicamente ilegal sob a legislação atual. A decisão expôs fragilidades na legislação e aumentou a pressão para impulsionar reformas.
Hoffstedt destacou que, desde a mudança na lei de 2019, ficou claro que o mercado de jogos licenciado da Suécia está “vazando como uma peneira”, com operadores não licenciados continuando a atender jogadores suecos sem grandes riscos. Ele acolheu a decisão do governo de abordar o problema.
A maioria da indústria de jogos apoia a decisão do governo de revisar a Lei de Jogos. Muitos acreditam que regulamentações mais rígidas protegerão os jogadores e restaurarão a confiança no mercado sueco de jogos licenciados.
De acordo com dados da Spelinspektionen, cerca de 14% do tráfego de jogos da Suécia vai para sites ilegais, o que destaca o desafio para os reguladores.
A BOS há muito tempo defende mudanças na lei que criminalizem todos os jogos não licenciados, independentemente do idioma ou moeda utilizados.
Hoffstedt reforçou esse ponto em suas discussões com o governo: “Os jogos não licenciados devem ser eliminados na Suécia… Se quisermos eliminar essa parte do mercado de jogos, a Lei de Jogos deve ser emendada.”
Enquanto a Suécia se aprofunda nessa revisão, muitos na indústria estão esperançosos de que mudanças reais estão por vir para proteger melhor os consumidores e fechar operações de jogos ilegais. Os resultados dessa investigação desempenharão um papel importante na definição do futuro dos jogos online na Suécia, garantindo que os operadores licenciados tenham uma chance justa contra a concorrência não regulamentada. Os resultados devem ser divulgados até meados de setembro de 2025, tornando esse um momento crucial nos esforços da Suécia para garantir seu mercado de jogos.