Regulamentação de cassinos físicos no Brasil entra em debate

Escrito por Rami Gabriel
Traduzido por : Thawanny de Carvalho Rodrigues

A regulamentação dos cassinos físicos no Brasil foi um dos temas centrais debatidos na manhã de hoje no palco Jardins, durante o BiS SiGMA Américas 2025. Reunindo líderes da indústria e autoridades, o painel discutiu os obstáculos econômicos e legislativos que moldam o futuro do setor de jogos no país. Realizado no Transamerica Expo Center, em São Paulo, o encontro abordou os desafios, as oportunidades e o potencial do segmento de cassinos no Brasil, destacando sua importância para o crescimento econômico e o desenvolvimento do turismo nacional.

Sob a moderação de Magnho José, presidente do Instituto Brasileiro Jogo Legal (IJL), o painel contou com um time de peso: Alex Pariente, vice-presidente da Hard Rock; Carlos Cardama, cofundador do Brazilian iGaming Summit (BiS); e o senador Irajá Silvestre Filho, do Senado Federal. O debate se concentrou na relevância estratégica de regulamentar os cassinos físicos, com foco no equilíbrio entre crescimento econômico, fomento ao turismo e transparência legislativa.

Alex Pariente ressaltou o enorme potencial inexplorado do Brasil, descrevendo o país como um verdadeiro “continente”, com locais ideais para resorts integrados. “O Brasil não é apenas um país — é uma região com porte e infraestrutura para abrigar resorts de padrão internacional”, afirmou Pariente, destacando a dimensão das oportunidades de emprego e benefícios econômicos que esse modelo pode gerar. Ele apontou que a implementação de resorts com cassinos pode gerar entre 3.000 e 4.000 empregos por empreendimento, promovendo um impacto significativo nas economias locais.

Carlos Cardama compartilhou dessa visão e reforçou a necessidade de uma regulamentação clara e estável. “Aprendemos que processos regulatórios prolongados não necessariamente resultam em soluções melhores”, explicou. Cardama defendeu uma abordagem cooperativa, propondo a coexistência de resorts e cassinos voltados ao turismo, atendendo a diferentes regiões e perfis de mercado. “O potencial do Brasil vai além dos números — trata-se de criar um ecossistema capaz de competir globalmente”, completou.

Encerrando o painel, o senador Irajá Silvestre Filho, defensor do jogo responsável e de uma regulamentação clara, destacou a oportunidade global que se apresenta ao Brasil. “A regulamentação é a chave para destravar o potencial turístico do país”, afirmou. “Nos próximos 20 anos, o Brasil pode se tornar a maior potência turística do mundo, e o setor de jogos será essencial nessa transformação.”

Ao final do painel, ficou claro que, apesar dos desafios jurídicos e políticos enfrentados, o caminho rumo a uma indústria de cassinos regulamentada pode ser uma poderosa alavanca para o crescimento econômico e para posicionar o Brasil como um dos principais destinos turísticos do planeta.

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