Sem garantias: The Star esclarece venda de participação no DBS em meio a cenário instável

Escrito por Neha Soni

Os parceiros de Hong Kong da australiana The Star Entertainment Group, Chow Tai Fook Enterprises Limited (CTFE) e Far East Consortium International Limited (FEC), demonstraram interesse em adquirir a participação majoritária de 50% no consórcio Destination Brisbane Joint Venture (DBC), proprietário do resort integrado The Star Brisbane.

A The Star confirmou que recebeu as propostas, mas todas foram rejeitadas. A empresa declarou que “nenhuma das propostas ofereceu valor suficiente para a The Star”.

No fim de semana, surgiram especulações na mídia de que as empresas de Hong Kong, que possuem individualmente uma participação de 25% no Destination Brisbane Joint Venture, haviam apresentado uma oferta à The Star. O objetivo seria ajudar a aliviar a delicada situação financeira da empresa.

O resort integrado The Star Brisbane

A abertura do The Star Brisbane, que teve um lançamento gradual em agosto, não gerou o impulso econômico esperado pela companhia. Pelo contrário, o projeto acrescentou uma dívida adicional de AUD 1,6 bilhão, o que colocou grande pressão sobre suas operações e ainda exige investimentos significativos para sua conclusão.

De acordo com a The Star, a empresa recebeu “diversas propostas confidenciais, indicativas e não vinculantes da CTFE e da FEC para adquirir sua participação de 50% no Destination Brisbane Consortium, além de outros ativos”.

A CTFE e a FEC apresentaram várias propostas não vinculantes e indicativas para adquirir essa fatia no consórcio, demonstrando interesse mais amplo no portfólio da The Star.

No entanto, “o Conselho da The Star avaliou cada uma das propostas da CTFE e da FEC recebidas até o momento e, após análise cuidadosa (incluindo consultoria externa), concluiu que nenhuma delas oferecia valor suficiente para a empresa”.

Negociações seguem abertas

A The Star afirmou que segue em contato com seus parceiros para avaliar a possibilidade de negociar a venda da participação de 50% em condições satisfatórias para a empresa. No entanto, não há garantia de que essas conversas resultarão em um acordo.

“O grupo continua a explorar possíveis soluções para liquidez”, informou a empresa.

Caso a transação se concretize, pode representar uma virada de jogo para a operadora, que já emitiu alertas severos sobre sua situação financeira, citando dificuldades para obter liquidez adicional.

A empresa tem vendido alguns de seus ativos não essenciais, incluindo o antigo Treasury Casino e, mais recentemente, o The Star Sydney Event Centre e espaços adjacentes para a Foundation Theatres, em um negócio avaliado em AUD 60 milhões (€ 35,85 milhões). Essas vendas fazem parte dos esforços da The Star para evitar a insolvência, proporcionando recursos financeiros essenciais.

Os desafios financeiros da The Star

Os problemas financeiros da empresa ocorrem em meio a um longo período de escrutínio regulatório, que tem agravado seus desafios operacionais. Medidas impostas pelas autoridades, como a obrigatoriedade do uso de cartões de jogador e limites de pagamento em dinheiro em Nova Gales do Sul, também impactaram as receitas.

No quarto trimestre de 2024, a The Star Entertainment Group reportou uma redução no prejuízo de EBITDA, que ficou em AUD 8 milhões (€ 4,78 milhões), melhorando em relação ao prejuízo de AUD 18 milhões (€ 10,75 milhões) registrado no trimestre anterior. No entanto, a receita trimestral caiu 15% em relação ao período anterior, totalizando AUD 299 milhões (€ 178,88 milhões), o que reflete os desafios operacionais contínuos.

Apesar desse cenário, a empresa destacou um desempenho positivo nos meses de novembro e dezembro de 2024, alcançando o equilíbrio de EBITDA devido às medidas de corte de custos e ao aumento sazonal da receita em dezembro.

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