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Jogos de azar online nos EUA em 2025: crescimento de receita e reviravoltas no setor
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2025 pode ser um ano de grandes ganhos para o mercado de jogos de azar online nos EUA — ou um grande impasse. As apostas esportivas continuam crescendo rapidamente, mas o iGaming ainda está parado. Os estados estão em conflito sobre a legislação. Estados como Nova York, Maryland e Louisiana estão travando batalhas em torno das leis de iGaming. Bancos estão bloqueando pagamentos, e operadores como BetMGM e DraftKings apontaram as restrições bancárias como um obstáculo, enquanto operadores menores enfrentam pressão. Alguns irão lucrar, outros podem sucumbir. Então, quem tem a melhor jogada?
No primeiro artigo desta série de três partes, analisamos a evolução das apostas esportivas nos EUA, abordando desde os estados pioneiros até as crescentes pressões tributárias e os esforços para conter operadores offshore. Na segunda parte, focamos no iGaming, onde o progresso tem sido mais lento, explorando os estados que buscam a legalização e as preocupações sindicais que continuam a dificultar avanços. Este artigo final da série abordará a visão geral, examinando a consolidação do mercado, os desafios de pagamentos e a ascensão das plataformas de jogos de prêmios, enquanto os reguladores correm para acompanhar as mudanças.
Os números por trás do crescimento dos jogos de azar online nos EUA
Projeções do setor indicam que o mercado de jogos de azar online nos EUA alcançará US$ 26,8 bilhões em receitas brutas até o final de 2025, um aumento em relação aos US$ 23,4 bilhões registrados em 2024. Olhando mais adiante, estima-se que o mercado supere US$ 41 bilhões até 2028.
Nova York lidera com força. O mercado de apostas esportivas móveis do estado gerou mais de US$ 2 bilhões em receita nos últimos 12 meses, tornando-se o primeiro estado a atingir essa marca. Outros estados, como Nova Jersey, Illinois e Flórida, também devem ultrapassar a barreira de US$ 1 bilhão em receitas anuais provenientes de apostas esportivas online.
O iGaming, por outro lado, permanece altamente concentrado. Nova Jersey está no caminho para superar US$ 2 bilhões em receitas anuais de iGaming, com base nos resultados mensais recentes. Em outubro de 2024, pela primeira vez em condições normais (sem influência da pandemia), as receitas de jogos online no estado superaram as de cassinos físicos (segundo a Vixio). Pensilvânia e Michigan também apresentam crescimento expressivo, ocasionalmente superando US$ 200 milhões em receita mensal. No entanto, esforços para expandir o iGaming para outros estados enfrentam forte resistência.
Há potencial para que mais estados entrem no mercado de iGaming. Nova York, Maryland e Louisiana continuam a explorar legislação sobre o tema. Se algum desses estados legalizar cassinos online em 2025, as projeções do mercado podem subir ainda mais. Especialistas acreditam que, caso Nova York avance, estados vizinhos poderão se sentir pressionados a revisar suas proibições. Embora nenhum estado tenha declarado planos vinculados a Nova York, o peso do mercado nova-iorquino pode influenciar atitudes regionais. Colorado e Wyoming também são apontados como possíveis desbravadores no iGaming.
Há quem diga que a legalização em um estado significativo pode desencadear um efeito dominó. O sucesso de um estado como Nova York pode motivar estados vizinhos a reconsiderar sua oposição. O potencial de receita é grande demais para ser ignorado, e déficits fiscais podem acelerar o empurrão em direção à legalização.
Conecticut, Carolina do Norte, Virgínia Ocidental e Massachusetts incluíram a iLottery em seus orçamentos de 2025, mas as autoridades preveem o lançamento apenas em 2026. Apesar de menos polêmica que o iGaming, essa mudança digital sinaliza uma crescente aceitação de produtos de jogos online nesses estados.
Os líderes do mercado e a batalha pela dominância
A indústria de jogos de azar online está passando por consolidação. FanDuel e DraftKings dominam o mercado de apostas esportivas, dificultando a sobrevivência de operadores menores. Com o aumento das taxas tributárias e das exigências regulatórias, plataformas de médio porte enfrentam grandes desafios para se manterem competitivas.
No setor de iGaming, operadores de cassinos tradicionais disputam a liderança. Embora MGM, Caesars e BetMGM sejam grandes players, eles enfrentam crescente pressão de marcas digitais. Empresas que integram operações físicas a uma forte presença online tendem a garantir sucesso no longo prazo. FanDuel e DraftKings também buscam expandir no iGaming, aproveitando suas plataformas de apostas esportivas para oferecer produtos de cassino online onde permitido. Operadores que não se adaptarem correm o risco de serem absorvidos por concorrentes maiores ou expulsos do mercado. Em 2024, diversas marcas menores lutaram para se estabelecer, e algumas acabaram abandonando o mercado. Essa tendência deve continuar em 2025.
Parcerias estratégicas podem ser fundamentais. Cassinos tradicionais podem se unir a operadores tecnológicamente avançados para modernizar seus serviços. Joint ventures e colaborações estratégicas podem ajudar marcas físicas a migrar para o online, aumentando a retenção de clientes e o engajamento digital.
A pressão tributária sobre os operadores
Cada vez mais estados estão aumentando os impostos sobre as apostas esportivas. Em 2024, Ohio e Illinois elevaram suas taxas, criando precedentes que outros estados podem seguir. Embora operadores continuem a fazer lobby contra essas mudanças, os estados enxergam o jogo como uma fonte fácil de receita.
Taxas mais altas podem forçar pequenos operadores a sair do mercado. Empresas maiores podem absorver esses custos, mas operadores menores podem ter dificuldades para se manter lucrativos. No iGaming, estados que legalizarem cassinos online podem impor taxas elevadas, como os 51% cobrados sobre apostas esportivas em Nova York.
Operadores alertam que taxas excessivas podem desestimular a aquisição de novos clientes e reduzir investimentos em inovação. Alguns sugerem que estados com taxas mais baixas, como Nova Jersey, conseguiram criar mercados mais competitivos, oferecendo melhores experiências aos jogadores.
Olhando para fora dos EUA, altas tributações sobre jogos de azar em alguns países europeus reduziram a concorrência e incentivaram apostas offshore. Operadores norte-americanos temem que regimes tributários rigorosos possam empurrar jogadores para sites não regulamentados, prejudicando esforços de proteção ao consumidor.
Os desafios dos pagamentos
Transações bancárias continuam a dificultar a expansão dos jogos de azar nos EUA. Visa e Mastercard ainda bloqueiam pagamentos relacionados a jogos, gerando frustração entre jogadores devido a atrasos e recusas. Operadores como BetMGM e DraftKings apontam esses entraves como motivos para buscar alternativas, como carteiras digitais, cartões pré-pagos e até criptomoedas.
Essas opções ajudam, mas não são ideais. Nem todos os jogadores confiam nelas, e reguladores temem que essas soluções alternativas possam expor o sistema a fraudes e lavagem de dinheiro.
Os legisladores estão atentos. Alguns já sinalizam regras mais rígidas para provedores de pagamento. Se isso acontecer, os operadores enfrentarão restrições ainda maiores. Especialistas acreditam que a solução está em uma melhor cooperação entre bancos e a indústria de jogos, oferecendo transações mais seguras e simplificadas para jogadores.
Processos de pagamento mais eficientes também podem ajudar a mitigar problemas relacionados ao jogo. Alguns estados estão explorando formas de integrar ferramentas de jogo responsável diretamente nas plataformas de pagamento, como limites de gastos, períodos de pausa e alertas de transação. Isso daria aos jogadores mais controle sobre seus hábitos.
O crescimento dos jogos de prêmios e cassinos sociais
Enquanto o mercado tradicional enfrenta desafios, plataformas de jogos de prêmios e cassinos sociais estão prosperando. Operando fora das leis tradicionais, essas plataformas permitem que usuários joguem com moedas virtuais que podem, às vezes, ser convertidas em prêmios em dinheiro.
Plataformas como Fliff, Prophet Exchange e Novig têm expandido rapidamente, adotando modelos baseados em jogos de prêmios. Porém, esse sucesso tem um custo. Reguladores têm demonstrado preocupação, e alguns legisladores podem buscar restringir esses jogos, enxergando-os como brechas não regulamentadas.
Cassinos de prêmios, como Chumba e LuckyLand, continuam a atrair jogadores em estados sem iGaming regulamentado. Essas plataformas se promovem como produtos de entretenimento, mas seus modelos de prêmios em dinheiro geram debates sobre similaridades com jogos de azar tradicionais.
Na Califórnia, operadores tribais monitoram o crescimento dessas plataformas, vendo-as como uma potencial ameaça à soberania de suas operações e ao mercado de longo prazo, especialmente considerando os atrasos na legislação sobre apostas esportivas no estado.
Batalhas legais em torno dos jogos de prêmios podem se intensificar em 2025. Operadores regulamentados consideram essas plataformas uma concorrência desleal, e estados podem reagir introduzindo proibições ou regulações mais rígidas. Se isso ocorrer, o futuro dos jogos de prêmios será incerto.
O futuro dos jogos de azar online nos EUA
O mercado está evoluindo rapidamente. Alguns estados estão mais receptivos ao iGaming, mas a expansão ainda enfrenta dificuldades. Os operadores que sobreviverem serão aqueles capazes de se adaptar, absorver aumentos de impostos e ajustar-se às mudanças nos hábitos dos jogadores.
A liderança do setor dependerá de inovação. Pagamentos simplificados, ferramentas inteligentes de jogo responsável e plataformas móveis devem definir os principais players da indústria.
Os legisladores, contudo, estão de olho. O embate entre proteger os jogadores e aumentar a arrecadação dos estados está longe de acabar. Esse conflito moldará o mercado nos próximos anos.
Empresas que abraçarem a tecnologia e focarem na satisfação dos jogadores terão mais chances de se manter no topo a longo prazo. Já as que demorarem a se adaptar podem ser deixadas para trás. Pressões fiscais podem acelerar o avanço do iGaming. Estados com déficits podem recorrer aos cassinos online como fonte de receita. Modelos tributários mais baixos, como o de Nova Jersey, podem incentivar operadores a apoiar essas iniciativas. À medida que 2025 avança, a maior dúvida permanece: o setor crescerá de forma sustentável ou enfrentará novos desafios?
Uma coisa é certa: mudanças estão a caminho, e nem todos sobreviverão a elas. Observadores da indústria acreditam que os que inovarem mais rápido e lidarem melhor com as regulamentações liderarão a próxima onda de crescimento.
*Este é o terceiro artigo de uma série baseada no Vixio Regulatory Intelligence U.S. Sports Betting & iGaming Outlook de janeiro de 2025.
