Suprema Corte dos EUA rejeita recurso por difamação do ex-magnata dos cassinos Steve Wynn

The US Supreme Court has refused to hear an appeal from former casino mogul Steve Wynn on Monday, who sought to challenge a key legal standard protecting media organisations from defamation claims, according to Reuters. The decision leaves in place the 1964 ruling in New York Times v. Sullivan, which requires public figures to prove that defamatory statements were made with “actual malice,” either knowing the information was false or acting with reckless disregard for the truth.  

The court’s refusal to review the case, issued without comment, reinforces previous decisions that have upheld press protections against libel suits from high-profile individuals.  

(Fonte: Steve Wynn/LinkedIn)

O processo de difamação contra a Associated Press

Em 2018, Wynn entrou com uma ação por difamação contra a Associated Press (AP) e um de seus jornalistas devido a uma reportagem baseada em registros policiais sobre acusações de má conduta sexual que remontam à década de 1970. Ele alegou que a reportagem da AP deturpou as alegações e omitiu informações que poderiam lançar dúvidas sobre as acusações.

Um tribunal de Nevada rejeitou o processo, determinando que a AP havia agido de boa-fé ao informar o público sobre um assunto de interesse legítimo. A Suprema Corte de Nevada manteve a decisão, concluindo que Wynn não apresentou provas convincentes de que a matéria havia sido publicada com má-fé real.

Wynn, ex-presidente financeiro do Comitê Nacional Republicano, negou as acusações e argumentou que a decisão do caso Sullivan permite que veículos de mídia divulguem informações falsas sem serem responsabilizados. Seus advogados lamentaram a recusa da Suprema Corte em aceitar o recurso, alegando que o atual marco jurídico protege a imprensa de maneira injusta contra ações judiciais.

De acordo com a Forbes, Steve Wynn entrou para a indústria de cassinos de Las Vegas em 1967 e foi responsável pelo desenvolvimento de resorts icônicos, como The Mirage, Treasure Island, Bellagio e Wynn Las Vegas. Ele cofundou a Wynn Resorts em 2002 ao lado de sua então esposa, Elaine Wynn, mas, após o divórcio, enfrentou uma longa disputa legal com ela, que atualmente é a maior acionista individual da empresa. Wynn também teve embates jurídicos com seu ex-sócio Kazuo Okada, envolvendo acusações de suborno, que Okada negou. Em 2018, ele renunciou aos cargos de presidente e CEO da Wynn Resorts após diversas denúncias de assédio sexual. Em 2022, o Departamento de Justiça dos EUA processou Wynn por supostamente atuar como lobista do governo chinês junto ao então presidente Donald Trump sem o devido registro como agente estrangeiro, mas o caso foi arquivado posteriormente.

Wynn Resorts fecha acordo de US$ 70 milhões em ação judicial

No ano passado, a Wynn Resorts concordou em pagar US$ 70 milhões para encerrar uma ação coletiva movida por acionistas que alegaram que a empresa ocultou acusações de assédio sexual contra Steve Wynn. Os acionistas argumentaram que a empresa enganou investidores entre 2016 e 2018, resultando em perdas no valor das ações quando as acusações vieram à tona. Investigações regulatórias levaram a multas significativas, e a empresa já havia fechado um acordo em um processo movido por nove mulheres que denunciaram assédio no ambiente de trabalho.

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