Assista: Repensando a monetização dos eSports

Traduzido por : Thawanny de Carvalho Rodrigues

Dados mais recentes da Statista revelam que a receita do mercado global de eSports deve alcançar US$ 4,8 bilhões ainda este ano. A mesma fonte estima que o número de usuários de eSports chegará a 896 milhões até 2029. Diante disso, muitos países estão de olho no crescimento do setor como uma oportunidade econômica.

Em entrevista à SiGMA TV, Wadih Al Sayah, cofundador e CEO da Al Musaed, falou sobre como lidera uma consultoria especializada em gestão e apoio a marcas, agências e profissionais que atuam – ou desejam atuar – no universo dos eSports.

eSports, branding e negócios em Dubai. (Fonte: AIBC World)

“Al Musaed significa “o jogador de suporte” em árabe”, explicou Al Sayah. “A ideia é justamente essa: se alguém quer entrar no mundo dos eSports, ou já está nele mas precisa de ajuda, a gente entra para orientar com estratégia, planejamento e execução.”

Superando o modelo centrado em equipes: como diversificar as fontes de receita

Embora para muita gente os times de eSports representem a face mais visível do setor, Al Sayah acredita que eles raramente geram lucro. “Muitas equipes funcionam como centros de custo”, disse ele. “Você acaba apenas gastando dinheiro para manter aquele time.” Para ele, as organizações devem enxergar os times como ferramentas de marketing que impulsionam negócios maiores.

“Tem equipes que estão gerenciando arenas, alugando espaços ou até administrando agências de talentos”, comentou. “Estão percebendo que não se trata apenas de patrocínios ou prêmios — existem outras formas de gerar receita.”

Eventos como festivais comunitários

Na visão de Al Sayah, os eventos de eSports têm muito mais potencial quando são pensados como experiências para a comunidade — e não apenas como torneios. “As pessoas precisam parar de focar só nas competições”, afirmou. “Não é mais sobre o valor do prêmio. É sobre criar festivais divertidos para todos: o gamer casual, os fãs hardcore, pais, crianças.”

Fortalecendo os criadores: a One of Creators

Paralelamente, Al Sayah também é cofundador da One of Creators, uma empresa de gestão de criadores de conteúdo. “Muitos criadores enfrentam dificuldades com a parte empresarial: e-mails, faturas, contratos, negociações”, explicou. “A gente cuida disso para que eles possam focar na criação de conteúdo.”

Com a expansão contínua do setor — especialmente com eventos globais como as Olimpíadas de eSports programadas para 2027 —, Al Sayah mantém o foco em transformar paixão em sucesso comercial sustentável. “Não basta apenas marcar presença”, concluiu. “É preciso ter estratégia, parcerias e construir negócios duradouros.”

A maior comunidade de iGaming do mundo estará na SiGMA Ásia, de 1º a 4 de junho de 2025. Com 20.000 participantes, 3.800 operadores e mais de 350 palestrantes, a SiGMA Ásia é o ponto de encontro dos maiores nomes do setor para fazer negócios. Não perca a energia única de Manila!