Assista: Helen Walton compartilha insights sobre os desafios em mercados emergentes

Escrito por Rami Gabriel

Em uma entrevista exclusiva ao Grupo SiGMA, Helen Walton, CCO e fundadora da g.games, compartilhou uma perspectiva transparente sobre as oportunidades e os desafios nos mercados emergentes de iGaming. Com uma trajetória que abrange marketing, desenvolvimento de produtos e estratégia comercial, a abordagem de Walton para a expansão de mercado é pragmática e fundamentada nas realidades do setor.

A experiência de Walton na construção da g.games desde o início proporcionou a ela uma visão única sobre a evolução dos mercados. Ao refletir sobre o potencial do Brasil, ela comentou: “É um mercado empolgante por conta de sua população jovem e em crescimento. Contudo, o entusiasmo precisa ser equilibrado com realismo. Embora o potencial esteja presente, o mercado ainda está em seus estágios iniciais, e a lucratividade permanece incerta.” Essa visão equilibrada ressalta a necessidade de estratégias de entrada bem planejadas, em vez de investimentos precipitados. Com o Brasil no centro dessa transformação, o Grupo SiGMA sediará o BiS SiGMA Américas em São Paulo, de 7 a 10 de abril, reforçando seu compromisso em apoiar o crescimento da indústria na região.

Além da América Latina, Walton reconheceu as complexidades de ingressar em novas regiões, especialmente aquelas que ainda estão definindo seus marcos regulatórios. “O maior equívoco sobre mercados emergentes é achar que todos são minas de ouro imediatas. Muitas empresas entram sem compreender plenamente os custos operacionais e de conformidade envolvidos”, explicou ela. Essa abordagem cautelosa destaca a importância do planejamento estratégico de longo prazo em detrimento de movimentos especulativos de curto prazo.

A g.games continua a se posicionar como uma empresa adaptável nesses cenários em constante mudança. O foco da companhia vai além da entrada no mercado, com o objetivo de criar modelos de engajamento sustentáveis que atendam às preferências em transformação dos jogadores. “Nosso foco sempre foi criar jogos que ressoem com os jogadores, independentemente de onde estejam”, afirmou Walton, reforçando o compromisso da empresa com o design centrado no jogador, em vez de uma exploração oportunista baseada em regiões específicas.

Perspectivas futuras

Walton acredita que a consolidação será uma tendência marcante em mercados como o brasileiro. À medida que a competição aumenta e as realidades operacionais se impõem, ela prevê que muitos entrantes terão dificuldades para manter a lucratividade, resultando em uma onda de fusões e aquisições. A g.games, no entanto, mantém seu compromisso com uma expansão constante e cuidadosamente planejada, em vez de estratégias reativas.

À medida que os stakeholders do setor se preparam para a Conferência AIBC Eurásia em Dubai, que ocorrerá de 22 a 25 de fevereiro de 2025, as discussões sobre estratégias para mercados emergentes estarão em destaque. Com a turnê global do Grupo SiGMA percorrendo sete destinos ao longo de 2025, os principais players do setor terão amplas oportunidades para trocar insights e moldar o futuro do iGaming em escala mundial.