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O mundo dinâmico da influência nas redes sociais traz tanto oportunidades quanto riscos. Enquanto influenciadores e celebridades constroem marcas pessoais de sucesso, também enfrentam desafios significativos para manter sua reputação. Durante a Conferência AIBC Eurásia, realizada em Dubai, um painel de especialistas do setor compartilhou experiências e estratégias para lidar com a negatividade online.
Moderado pela Dra. Sara Al Madani, o debate contou com a participação de Taleen Marie, Nouraldin Al Yousuf e Fatima Bahman – todos já enfrentaram escrutínio público em diferentes momentos de suas carreiras.
Ter um grande número de seguidores pode ser uma ferramenta poderosa, mas também traz desafios inevitáveis. Ao abordar as complexidades da cultura dos influenciadores, a Dra. Sara Al Madani destacou:
“Todos sabemos que ter seguidores e ser influente é importante… mas isso também traz muitas dificuldades.”
De líderes empresariais a estrelas de reality shows, a migração para plataformas digitais colocou figuras públicas sob um nível de escrutínio sem precedentes. O painel discutiu a realidade de manter uma presença online enquanto se lida com reações negativas, uma habilidade que exige resiliência.
“Estou sob os holofotes desde os 15 anos, então tive que aprender a ter casca grossa para sobreviver”, compartilhou Al Madani, refletindo sobre anos de exposição pública.
A conversa revelou que, além do conteúdo cuidadosamente elaborado e das parcerias com marcas, os influenciadores precisam desenvolver estratégias para lidar com críticas, desinformação e até assédio online. As redes sociais amplificam tanto os elogios quanto as críticas, deixando pouco espaço para erros.
Para influenciadores do Oriente Médio, os riscos reputacionais podem ser ainda maiores devido às expectativas culturais. Fatima Bahman, ex-concorrente do Miss Universo Emirados Árabes Unidos, compartilhou sua experiência ao lidar com a percepção pública como mulher emirati:
“Quando eu tinha cerca de 19 anos e comecei a trabalhar para a Rotana, minha família me viu na TV e não ficou muito feliz com isso. Sendo árabe, sendo emirati, você será criticada.”
Ela lembrou de preocupações semelhantes ao entrar no mundo dos concursos de beleza, mas reconheceu que os tempos estão mudando:
“Hoje em dia, avançamos muito, especialmente nós, mulheres emirati. Evoluímos bastante… mas algumas mentalidades ainda enxergam isso de forma diferente.”
Nouraldin Al Yousuf, experiente profissional da mídia, ressaltou a importância do autoconhecimento para lidar com críticas:
“Acho que, se você se conhece bem, sabe seu valor e seus princípios, não será tão afetado. No entanto, somos seres humanos. Às vezes, fico abalado, especialmente quando envolve minha família.”
As reflexões do painel destacaram um ponto essencial: lidar com o escrutínio público não se trata apenas de reputação profissional, mas também de identidade pessoal e expectativas culturais.
O crescimento dos reality shows e da mídia digital transformou a construção de marcas pessoais, expondo figuras públicas a níveis ainda maiores de críticas. Taleen Marie, ao refletir sobre sua participação em The Real Housewives of Dubai, comentou sobre as reações que o primeiro spin-off internacional da franquia enfrentou:
“The Real Housewives of Dubai… fomos a primeira versão internacional da franquia e, por estarmos no Oriente Médio, isso gerou muitas críticas.”
A interseção entre tradição e modernidade cria desafios únicos para influenciadores que atuam em um cenário global. O painel concordou que, embora a visibilidade seja essencial para o sucesso, ela também exige um nível maior de responsabilidade.
Para Nouraldin Al Yousuf, saber quando se desconectar das críticas é fundamental:
“Nós, árabes, temos o hábito de xingar a família primeiro antes de xingar a pessoa. Então, sim, às vezes isso irrita, mas sou muito bom em bloquear. Não tenho problema em bloquear alguém.”
Além das estratégias profissionais, a conversa destacou a importância de um sistema de apoio pessoal para lidar com o impacto mental e emocional do escrutínio público. Muitos influenciadores recorrem a seus círculos íntimos para manterem os pés no chão diante da pressão externa. Uma das participantes enfatizou o valor das conexões pessoais:
“A resposta curta é se cercar da família… minha irmã, meu marido, meus filhos. Depois das gravações, eu voltava para casa e simplesmente relaxava.”
Para muitas figuras públicas, manter uma sensação de normalidade é essencial em uma indústria onde a imagem é tudo. Seja por meio de amigos próximos, mentores ou familiares, contar com um sistema de apoio confiável pode servir como um alívio necessário diante das pressões da vida pública.
O painel da Conferência AIBC Eurásia ofereceu um olhar franco sobre os altos e baixos de ser um influenciador no cenário digital atual. A discussão ressaltou a importância da resiliência, da conduta ética e de um forte sistema de apoio na gestão de desafios reputacionais.
À medida que as redes sociais continuam a evoluir, influenciadores precisam se manter adaptáveis, transparentes e conscientes das responsabilidades que acompanham sua visibilidade. Em uma era onde cada movimento é analisado, aqueles que enfrentam desafios com autenticidade e integridade terão maior longevidade no setor.