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Durante a SiGMA África 2025, realizada em março, Weldon Koros, Diretor da Associação de Reguladores de Jogos da África, concedeu uma entrevista impactante à SiGMA TV sobre a capacidade de acompanhar o ritmo do cenário digital de jogos. Ele aprofundou a análise sobre como as disparidades econômicas influenciam o comportamento dos jogadores no continente. Durante um painel no Sun Exhibits, no GrandWest Complex, Koros atraiu uma audiência cheia e reforçou a necessidade urgente de uma regulamentação específica para cada região, destacando como níveis de renda, sistemas de pagamento e tecnologia estão remodelando o setor de jogos na África.
Koros fez uma distinção clara entre os mercados de jogos africano e europeu, observando que as populações de baixa renda na África geralmente realizam apostas menores e mais frequentes, enxergando o jogo não como entretenimento, mas como uma possível solução financeira. “Muitos consumidores não veem essas atividades como entretenimento, e sim como uma alternativa para resolver problemas financeiros”, afirmou Koros, enfatizando que as dificuldades econômicas são um fator determinante na participação dos jogadores.
Ao abordar a importância dos meios de pagamento alternativos, Koros defendeu a integração de carteiras digitais e criptomoedas para ampliar o acesso, sem abrir mão da supervisão regulatória. Ele citou o amplo uso de plataformas móveis no Quênia como exemplo a ser seguido, incentivando os operadores a adaptarem as soluções de pagamento às culturas locais e à infraestrutura disponível. Essa estratégia, argumentou Koros, é fundamental tanto para o sucesso dos negócios quanto para a inclusão de diferentes perfis de consumidores no mercado.
No tema do jogo responsável, Koros defendeu a adoção da análise comportamental baseada em inteligência artificial como um padrão obrigatório de regulamentação. Segundo ele, o uso de IA deve ser exigido dos operadores para possibilitar a identificação em tempo real de padrões de jogo arriscados e a intervenção precoce com jogadores vulneráveis. “As ferramentas de IA precisam se tornar uma exigência regulatória se quisermos que o setor de jogos na África avance de maneira responsável”, declarou, destacando o potencial da tecnologia para prever e prevenir danos relacionados ao jogo.
Koros também enfatizou a necessidade de implementar verificações de acessibilidade financeira para proteger os jogadores de baixa renda, lembrando que mais de 98% dos africanos vivem com menos de um dólar por dia. Ele alertou que a regulamentação precisa equilibrar o crescimento do mercado com a proteção do consumidor, sob o risco de a indústria acabar excluindo justamente as populações que pretende atender, caso medidas estruturadas de acessibilidade não sejam implementadas.
Ao definir a pauta para um setor de jogos mais responsável e sustentável, a SiGMA África 2025 trouxe as reflexões de Koros como reforço da importância de uma regulamentação inclusiva e baseada em dados, adequada à diversidade dos mercados africanos. A mensagem dele segue ecoando enquanto a indústria se prepara para o próximo grande encontro: a SiGMA Ásia 2025, que acontecerá nas Filipinas, de 1º a 4 de junho. Para entrevistas exclusivas e análises aprofundadas com líderes globais, acesse o conteúdo completo da SiGMA TV.