BAGO propõe idade mínima de 21 anos para jogos de loteria na Bélgica

Júlia Moura September 24, 2024

A BAGO, organização que representa os operadores privados de jogos de apostas na Bélgica, está pedindo que a idade mínima para participar de jogos de loteria seja aumentada para 21 anos. Atualmente, a idade mínima para a loteria nacional permanece em 18 anos, diferente de outras formas de apostas que já exigem que os jogadores tenham 21 anos.

Esse pedido aconteceu devido a um relatório recente, conduzido pelo Centro de Especialização em Álcool e Outras Drogas, que revelou uma redução na participação de jovens em jogos de apostas. O estudo, realizado entre 2022 e 2023, analisou o comportamento dos jovens belgas em relação a apostas, uso de drogas, álcool e redes sociais. A pesquisa apontou uma queda significativa na participação em diversas modalidades de jogos, com as raspadinhas liderando entre os preferidos dos jovens, seguidas por apostas esportivas e loterias.

Um dado alarmante foi a participação de menores de idade, entre 12 e 14 anos, em raspadinhas, com 10,1% admitindo ter jogado no último ano. Esses números reforçam o pedido da BAGO para maior prevenção e controle.

A BAGO expressou preocupação com a taxa de participação, especialmente na loteria, alegando que a idade mínima de 18 anos para essa modalidade não oferece proteção suficiente para os jovens. Eles argumentam que o aumento da idade para 21 anos deve ser aplicado também à loteria.

Os números mostram que apenas 9,7% dos jovens jogaram raspadinhas em 2022-23, o menor percentual já registrado. A loteria, por sua vez, foi jogada por apenas 5,3% dos entrevistados, enquanto o pôquer atingiu 2,3%. As apostas esportivas caíram levemente de 12,5% em 2022 para 12,4% em 2023, e os jogos de cassino também sofreram queda, de 5,5% para 5,3%.

O relatório também destacou a confusão entre os jovens sobre as regras de idade mínima para jogos de apostas no país. Apenas 77,6% dos entrevistados sabiam que era necessário ter 18 anos para comprar raspadinhas. Além disso, o estudo revelou diferenças comportamentais entre homens e mulheres, com os homens sendo mais ativos em apostas esportivas, enquanto as mulheres lideraram nas raspadinhas.