Chefe da PAGCOR afirma que proibição de POGO inclui IGLs

Jenny Ortiz July 25, 2024
Chefe da PAGCOR afirma que proibição de POGO inclui IGLs

O presidente e CEO da Corporação Filipina de Entretenimento e Jogos (PAGCOR), Alejandro Tengco, esclareceu que a proibição de todos os Operadores de Jogos On-line das Filipinas (POGOs) inclui os Operadores de Jogos na Internet (IGLs), conforme instrução do presidente Ferdinand Marcos Jr. A proibição de todos os POGOs, legais e ilegais, foi anunciada por Marcos em seu 3º Discurso sobre o Estado da Nação (SONA).

Durante uma audiência conjunta na Câmara dos Representantes, Tengco afirmou que a decisão abrange as 43 entidades legais restantes agora denominadas IGLs, ressaltando a clareza das ordens do presidente.

Desafios na Implementação 

Apesar da clareza da diretiva, ainda há confusão entre legisladores e autoridades quanto à sua aplicação. Representantes como Robert Ace Barbers, de Surigao del Norte, e France Castro, do ACT Teachers, expressaram preocupações sobre possíveis brechas devido ao rebranding dos POGOs como IGLs. Tengco tranquilizou os comitês de que todas as operações de POGO sob a jurisdição da PAGCOR cessarão, enfatizando a necessidade de distinguir entre operadores legais e ilegais para evitar lacunas na aplicação. Essa distinção é crucial para garantir que a proibição seja abrangente e eficaz.

Em julho de 2023, o termo IGL foi introduzido para melhorar a imagem dos POGOs através da implementação de regulamentações mais rigorosas e um esforço de rebranding. Essa iniciativa reduziu o número de operadores licenciados de 298 para 43, uma vez que muitos não conseguiram atender aos novos padrões.

A indústria de POGO ganhou notoriedade por sua associação com várias atividades criminosas, o que motivou essa revisão regulatória. Recentes operações policiais destacaram a conexão explícita entre as empresas de jogos e atividades ilegais como prostituição, tortura e assassinato, reforçando a necessidade de controles rigorosos.

Medidas Legislativas e de Aplicação 

Para garantir a implementação efetiva da diretiva, o Secretário do Interior Benjamin Abalos Jr. e outras agências colaborarão no fechamento operacional. A Comissão Presidencial Anti-Crime Organizado (PAOCC) enfatizou a importância do prazo de cinco meses para identificar e deportar estrangeiros que trabalham na indústria.

O presidente da Câmara dos Deputados, Martin Romualdez, solicitou a criação de uma legislação para fortalecer a proibição e garantir que futuras administrações não reabram essas operações.

Impacto Econômico e Considerações Futuras 

A PAGCOR projeta perdas de receita com a proibição, estimadas em PHP 7 bilhões (€ 110,2 milhões) anuais dos IGLs. Além disso, o Departamento de Receita Interna (BIR) e outras agências podem perder até PHP 23 bilhões (€ 362 milhões) em impostos e taxas. Apesar dessas preocupações, o Secretário da Autoridade Nacional de Economia e Desenvolvimento (NEDA), Arsenio Balisacan, argumentou que os benefícios da proibição superam os custos, destacando os impactos sociais e reputacionais negativos de hospedar POGOs.

Balisacan afirmou que a indústria contribuiu com menos de 0,5% do PIB em 2022, e sua remoção poderia desestimular atividades criminosas vinculadas a essas operações. Ele enfatizou que o foco deve ser promover negócios legítimos que melhorem a reputação do país como destino de investimento e turismo.

Transição para trabalhadores deslocados 

O governo planeja ajudar trabalhadores deslocados dos POGOs a se transferirem para o setor de tecnologia da informação e gestão de processos de negócios, aproveitando suas habilidades de TI existentes. Agências como o Departamento de Trabalho e Emprego (DOLE) e a Comissão de Educação Superior (CHED) fornecerão o treinamento e suporte necessários para facilitar essa transição. O chefe da Autoridade da Zona Econômica das Filipinas, Tereso Panga, confirmou o compromisso da agência em ajudar os trabalhadores deslocados, destacando a importância de aprimorar e requalificar para garantir uma transição suave para novas oportunidades de emprego.

Trabalhadores estrangeiros de POGOs e IGLs devem deixar o país em 60 dias 

Além disso, o Comissário de Imigração, Norman Tansingco, afirmou que cerca de 20.000 trabalhadores estrangeiros de POGOs e IGLs serão obrigados a deixar o país em 60 dias. Ele acrescentou que pedidos pendentes e novas solicitações de visto para trabalhadores de POGO e IGL serão negados pelo BI.

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