Proibição de apostas na eleição presidencial dos EUA é discutida

Júlia Moura August 8, 2024
Proibição de apostas na eleição presidencial dos EUA é discutida

Na segunda-feira, 5 de agosto, cinco senadores e três representantes dos Estados Unidos reforçaram seu pedido para que a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CNFC) proíba apostas na eleição presidencial de 2024. Os legisladores expressaram preocupação de que o mercado de apostas possa influenciar e interferir nos resultados das eleições, ameaçando a confiança do público na democracia. 

A carta, enviada ao presidente da CNFC, Rostin Benham, argumenta que permitir que bilionários façam grandes apostas, enquanto financiam campanhas de candidatos ou partidos específicos, pode prejudicar ainda mais a confiança no processo eleitoral. Além disso, os legisladores destacam o risco de insiders políticos utilizarem informações privilegiadas para apostar nas eleições. 

Os senadores que assinaram a carta são Jeff Merkley, Richard Blumenthal, Chris Van Hollen, Elizabeth Warren e Sheldon Whitehouse, acompanhados pelos representantes Jamie Raskin, John Sarbanes e Eleanor Holmes Norton, todos membros do Partido Democrata. A preocupação com as apostas eleitorais coincide com a popularização de plataformas descentralizadas de previsões, como a Polymarket. 

A Polymarket, uma das principais plataformas do setor, movimentou mais de US$ 500 milhões no mercado “Vencedor da Eleição Presidencial de 2024” e acumulou US$ 319,7 milhões em apostas no mercado “Candidato Democrata 2024”. No entanto, a empresa enfrentou problemas regulatórios em 2022, quando foi multada em US$ 1,4 milhão pela CNFC por operar sem registro. 

Com a eleição presidencial se aproximando, o mercado de apostas continua aquecido. As plataformas de apostas em criptomoedas têm apontado o republicano Donald Trump como favorito, embora a vice-presidente Kamala Harris esteja ganhando terreno. Recentemente, Harris indicou Tim Walz como seu vice, o que pode influenciar ainda mais as apostas. 

Essa situação reflete o dilema entre a necessidade de regulamentar as apostas para proteger a integridade democrática e o crescente interesse por mercados de previsões descentralizadas. Com o avanço da tecnologia e das criptomoedas, o debate sobre apostas em eleições tende a se intensificar. A decisão final caberá aos reguladores e legisladores, que terão o desafio de equilibrar inovação com a proteção dos valores democráticos. 

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