São Paulo proíbe corridas de cavalos em nova lei

Júlia Moura há 2 dias
São Paulo proíbe corridas de cavalos em nova lei

Na última quarta-feira (26), os vereadores de São Paulo aprovaram um projeto de lei que proíbe as corridas de cavalos na cidade. A proposta, de autoria do vereador Xexéu Tripoli (União), aguarda agora a sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para entrar em vigor. 

O projeto de lei 0691/2022, apresentado por Tripoli, visa banir o uso de animais em atividades esportivas, especialmente aquelas que envolvem apostas. A votação ocorreu de forma simbólica, sem registro do número de votos favoráveis ou contrários, nem do posicionamento individual dos vereadores. 

Tripoli justificou a proposta à Câmara em 2022, destacando que, embora o Brasil proíba jogos de apostas, não há restrições específicas para corridas de cavalo com apostas, como o Turfe. “Isso representa um paradoxo, visto que outras práticas com animais, como rinhas de galos, são proibidas”, argumentou o vereador. 

O projeto prevê penalidades severas para quem descumprir a lei, incluindo multas calculadas em R$ 100 por capacidade de frequentadores do evento. Em caso de reincidência, a multa será reajustada anualmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Além disso, o texto proíbe atividades desportivas que utilizem animais, como corridas e disputas, e a emissão de pouleis de apostas, inclusive em meios digitais. 

A aprovação do projeto representa uma mudança significativa nas práticas esportivas envolvendo animais na cidade, afetando diretamente o Jockey Club de São Paulo. Localizado na Cidade Jardim, zona sul da capital, o Jockey Club realiza tradicionalmente corridas de cavalos com apostas. Com a nova legislação, as corridas que aconteciam principalmente aos sábados, e também programadas para esta sexta-feira (28), estão proibidas, assim como as apostas presenciais e online

A nova lei surge em um momento de grandes mudanças para o Jockey Club, que enfrenta uma dívida de IPTU de R$ 532,6 milhões. Defensores da transformação do local em um parque municipal argumentam que isso ajudaria a resolver a questão da dívida. Outros representantes do clube afirmam que o espaço já funciona como um parque e questionam a dívida, que está sendo disputada judicialmente há anos. 

Além disso, as recentes revisões na legislação do Plano Diretor da cidade permitiram a construção de prédios ao redor do hipódromo, o que anteriormente era restrito a zonas exclusivamente residenciais. O novo parque planejado para o local foi nomeado em homenagem a João Carlos Di Genio, fundador do grupo educacional Unip/Objetivo. 

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