Desafio à proibição de publicidade de jogos de azar na Espanha é rejeitado

Shirley Pulis Xerxen há 5 meses
Desafio à proibição de publicidade de jogos de azar na Espanha é rejeitado

Numa decisão significativa, o Tribunal Constitucional da Espanha rejeitou unanimemente um recurso que contestava o “Decreto Real sobre Publicidade”, causando um revés para a Jdigital, a associação comercial de jogos de azar on-line da Espanha. O recurso, que questionava a supervisão constitucional da proibição de publicidade de jogos de azar, foi apresentado pela Jdigital, desencadeando uma batalha legal que finalmente chegou ao fim.

Elaborado em 2020 por Alberto Garzon, ex-ministro dos Assuntos do Consumidor da Espanha, o Decreto Real visava reformar as leis de publicidade do país. Ele implementou uma proibição abrangente de patrocínio de apostas em eventos esportivos na Espanha, além de estabelecer um novo horário, das 1h às 5h, para a veiculação de anúncios de jogos de azar em plataformas de mídia.

A Jdigital contestou o decreto, argumentando que procedimentos constitucionais fundamentais foram ignorados durante sua ascensão à lei federal. Apesar de receber uma “resposta positiva” numa revisão pela Terceira Câmara do Supremo Tribunal, o Tribunal Constitucional, ao revisar, unanimemente rejeitou o recurso.

Decisão do tribunal e perspectivas legais

O tribunal enfatizou que o Ministério dos Assuntos do Consumidor fez emendas necessárias à Lei do Jogo da Espanha, revisando especificamente o artigo 7, reconhecido como lei federal pelos tribunais espanhóis. O tribunal afirmou: “O Tribunal Constitucional considerou que a queixa foi extinta porque o novo artigo 7 adicional da Lei de Regulação do Jogo estabelece diretrizes ou critérios.”

Em resposta à decisão, a Jdigital argumentou que o Decreto Real interferia na liberdade de empresa, alegando que a publicidade é parte dessa liberdade. No entanto, o Tribunal Constitucional afirmou que tais liberdades são regulamentadas por lei, não por decreto real, citando a constituição espanhola.

Desenvolvimentos regulatórios futuros

Em meio a essas batalhas legais, a Espanha está passando por mudanças significativas no Ministério dos Assuntos do Consumidor. Pablo Bustinduy substituiu Alberto Garzon, e o novo Ministério está avançando com o “Decreto Real sobre Ambientes de Jogo Responsável”. O objetivo é implementar medidas rigorosas de vigilância, incluindo um registro centralizado de jogadores, limites de depósito entre operadores e a obrigatoriedade de manter registros para clientes com menos de 25 anos.

No entanto, surgiram dúvidas sobre se os requisitos técnicos do decreto podem ser atendidos pelas autoridades espanholas responsáveis pela supervisão das atividades de jogo e do envolvimento do consumidor.

Perspectivas da indústria

Com a decisão do Tribunal Constitucional, o cenário legal para a publicidade de jogos de azar na Espanha permanece intacto. O caso foi devolvido ao Supremo Tribunal, e especialistas do setor estão acompanhando de perto os desenvolvimentos sob a nova liderança de Bibiana Medialdea, a recém-nomeada Secretária-Geral de Assuntos do Consumidor e Jogos da Espanha.

À medida que a indústria de jogos de azar enfrenta esses desafios regulatórios, espera-se continuidade sob a liderança de Medialdea, com ênfase na proteção do consumidor e na abordagem de potenciais abusos e fraudes no setor.

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