Jogos Olímpicos de Paris 2024: Apostas em esportes e integridade

Katy Micallef April 25, 2024

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Jogos Olímpicos de Paris 2024: Apostas em esportes e integridade

À medida que o COI investe em tecnologia para manter a integridade das competições e prevenir a manipulação, exploramos o cenário das apostas esportivas durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Falando em um painel no segundo dia da conferência BIS SiGMA Americas estavam o Sr. Felipe Marchetti, representando a Sportradar, Tiago Horta Barbosa da Genius Sports, Luiz Gustavo Zonca do Rei do Pitaco, e o Sr. Roberto Armelin, Diretor Executivo de Risco de ESG Compliance no São Paulo Football Club.

A conversa explorou os desafios multifacetados e as soluções potenciais para garantir a integridade das competições esportivas.

O Sr. Felipe Marchetti enfatizou a importância primordial da transparência e responsabilidade em seus esforços de integridade. Ele afirmou que sua metodologia abrangente de 4 pilares não identificou indicações de manipulação de resultados durante o Campeonato Brasileiro de 2023, citando sistemas robustos de detecção de fraudes e parcerias colaborativas com federações esportivas e veículos de mídia.

“Quando trabalhamos com integridade, precisamos focar em dois pontos principais. O primeiro é a transparência, e o segundo é a responsabilidade, responsabilidade tanto com os profissionais, atletas, técnicos, gestores, quanto com a indústria.”

Conforme a discussão avançava, o foco se deslocou para o papel crítico da educação na promoção da consciência da integridade entre atletas e partes interessadas. Tiago, representando a Genius Sports, enfatizou a necessidade de uma abordagem holística, destacando iniciativas como o programa de integridade do São Paulo Football Club e o Tricolor como exemplos de campanhas proativas de educação e conscientização dentro das organizações esportivas.

A conversa se expandiu para abranger o panorama esportivo mais amplo, reconhecendo a prevalência de questões de integridade além do futebol. O tênis surgiu como um exemplo notável de medidas proativas de integridade, com o estabelecimento da Agência Internacional de Integridade do Tênis estabelecendo um padrão para outros esportes seguirem. No entanto, desafios persistem, especialmente em esportes com recursos limitados, como o tênis de mesa, onde ainda estão sendo desenvolvidos frameworks de integridade eficazes.

A discussão também abordou o tema da punição para violações de integridade, reconhecendo as complexidades inerentes à imposição de sanções. Reconhecendo a necessidade de medidas dissuasivas, os painelistas destacaram a importância de mecanismos de aplicação justos e proporcionais, enfatizando o papel vital da educação, monitoramento e colaboração na manutenção da integridade dos esportes brasileiros.

“Eu acredito que a educação é o elemento mais importante do tratamento de todo esse sistema que estamos discutindo aqui. A manipulação de resultados é a doença, a irregularidade, a infração da lei, dos princípios, do tratamento de todo esse sistema que estamos discutindo aqui”, comentou o Sr. Roberto Armelin.

Em conclusão, os painelistas enfatizaram o imperativo da ação coletiva e do investimento contínuo em iniciativas de integridade para proteger os valores do jogo limpo e da esportividade. Através da educação, monitoramento vigilante e sanções apropriadas, a comunidade esportiva pode mitigar os riscos apresentados por ameaças à integridade e cultivar uma cultura de integridade e transparência nos esportes brasileiros. Conforme a conversa chegava ao fim, tornou-se evidente que a jornada rumo à integridade nos esportes é um esforço colaborativo, exigindo comprometimento e cooperação contínuos de todas as partes interessadas envolvidas.

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