Coreia do Sul registra aumento no jogo ilegal apesar de regulamentações rígidas

Lea Hogg há 1 semana
Coreia do Sul registra aumento no jogo ilegal apesar de regulamentações rígidas

Na Coreia do Sul, uma batalha severa está sendo travada contra a crescente onda de jogos de azar. As regulamentações rígidas do país lançam uma ampla rede, capturando todas as formas de atividades de jogo ao seu alcance.

Imagine um único cassino, o Kangwon Land Casino, situado nos arredores de Seul. Este é o único lugar onde os sul-coreanos podem jogar legalmente, um privilégio protegido pela Lei Especial de Assistência ao Desenvolvimento de Minas Abandonadas.

Entretanto, o atrativo dos jogos de azar on-line é forte, com cassinos no exterior oferecendo uma tentação proibida. As autoridades, no entanto, estão vigilantes, seus olhos atentos sempre à procura de violações. Casos recentes envolvendo esquemas de apostas esportivas on-line levaram a prisões, um lembrete contundente das consequências.

O alcance da lei coreana é extenso, cobrindo todas as formas de jogo por sul-coreanos, tanto domésticas quanto no exterior. No entanto, há um detalhe. Turistas e expatriados podem jogar legalmente em todos os cassinos do país, e a lei coreana não se aplica a não coreanos enquanto estiverem no exterior, exceto nos crimes mais excepcionais.

A definição de “jogo de azar” pode parecer evasiva, mas a Suprema Corte da Coreia forneceu clareza. Ela define “jogo de azar” como um ato de obter ganho ou perda monetária por meio da aposta de propriedade em um jogo ou atividade baseada em chance.

No comando dessa paisagem regulatória está a Comissão Nacional de Controle de Jogos de Azar (NGCC), o órgão de controle que supervisiona a indústria de jogos de azar na Coreia do Sul.

Apesar dessas medidas rigorosas destinadas a controlar a prevalência do jogo e mitigar seus potenciais impactos negativos, como vício e crimes associados, uma preocupação persiste. Atividades de jogo ilegal, especialmente entre os jovens, persistem, lançando uma sombra sobre esses esforços.

Aumento de jogadores menores de idade

Como recentemente relatado pela SiGMA News, a Coreia do Sul está testemunhando um padrão preocupante, pois a idade dos jogadores menores de idade está diminuindo, enquanto seus números estão aumentando. A Agência Nacional de Polícia da Coreia do Sul (KNPA) relatou recentemente um aumento significativo no número de jovens coreanos envolvidos em atividades de jogo ilícitas. Essa tendência alarmante levou a aplicação da lei a desenvolver medidas preventivas abrangentes.

Nos últimos cinco anos, a idade média dos adolescentes pegos jogando diminuiu consistentemente, atingindo uma baixa de 16,1 anos em 2023. No mesmo ano, um total de 171 adolescentes, com idades entre 14 e 19 anos, foram detidos sob suspeita de participação em jogos de azar ilegais, representando um aumento de 2,3 vezes em relação ao número do ano anterior, que foi de 74. Os meninos constituíram impressionantes 92,4% desses indivíduos.

A KNPA também revelou que significativos 84,8% dos suspeitos estavam envolvidos em atividades de jogo on-line, como bacará e apostas esportivas. Cada jogo normalmente durava apenas cerca de 10 segundos. Além disso, 56,7% desses indivíduos acessavam plataformas de jogos de azar em cafés da internet, predominantemente utilizando computadores e smartphones.

As autoridades de aplicação da lei antecipam um aumento contínuo no jogo juvenil por meio de smartphones, devido à sua fácil acessibilidade e à percepção entre os jovens de que o jogo móvel é apenas um passatempo casual. No entanto, a polícia alertou que a participação de menores de idade em jogos de azar ilegais pode levar a vários crimes associados, incluindo casos de violência escolar e atividades fraudulentas destinadas a garantir fundos para fins de jogo.

O Comissário da Agência Nacional de Polícia, Yoon Hee-keun, enfatizou a séria ameaça representada pelo jogo ilegal em smartphones para os jovens. Ele prometeu combater o vício em jogos de azar entre os jovens por meio de orientação intensificada e esforços para prevenir recaídas.

Em resposta a essa tendência, as agências de aplicação da lei planejam lançar programas de conscientização voltados para alunos do ensino médio e seus pais. Esses programas têm como objetivo educá-los sobre os perigos do jogo. Além disso, serão estabelecidos programas colaborativos de reabilitação com centros de aconselhamento local para adolescentes. Esses programas fornecerão aconselhamento, assistência médica e apoio legal aos infratores, oferecendo uma abordagem holística para enfrentar esse problema crescente.

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