O Senado Estadual do Alabama tem enfrentado o fracasso de um significativo impulso para legalizar diversas formas de jogos de azar, incluindo uma loteria estadual. Apesar de a Câmara dos Representantes ter aprovado as House Bills 151 e 152 com uma maioria substancial, o Senado não aprovou as versões modificadas antes do encerramento da sessão legislativa.
A legislação proposta visava legalizar uma loteria estadual destinada à educação, jogos eletrônicos de azar, rifas e bingo de papel em sete instalações de corridas de cachorros ou bingo em todo o estado. Também permitiria que os residentes participassem de loterias nacionais, como Mega Million e Powerball. No entanto, mesas, cartas, dados e crupiês ao vivo permaneceriam proibidos.
Os autores dos projetos de lei, o deputado Russell Blackshear e o senador Greg Albritton, que também os patrocinou no Senado, não conseguiram romper o impasse de 25 anos do Alabama em relação à legislação de jogos de azar. A última vez que o Alabama votou sobre jogos de azar, embora sem sucesso, foi em 1999.
Durante uma sessão de teste no Senado, as duas medidas modificadas ficaram a apenas um voto da maioria necessária de 21 para aprovação. Um ponto significativo de contenda foram as emendas do Senado introduzidas em março. Essas emendas reduziram o escopo do projeto de lei, removendo a linguagem sobre apostas esportivas, reduzindo o número de locais de jogos envolvidos e alterando a proposta de cassino para se concentrar exclusivamente em corridas.
O Sen. Albritton, desiludido pela exclusão das apostas esportivas, acabou votando contra o pacote. Ele expressou frustração com a recusa do estado em regular a crescente indústria de jogos esportivos, grande parte da qual opera ilegalmente e sob disfarce. Albritton também ficou decepcionado com o projeto de lei modificado, que impediu os índios Poarch Creek de firmar um pacto com o estado.
A legislação proposta teria estabelecido a Comissão de Jogos do Alabama para regular formas aprovadas de jogos de azar. Também previa que uma loteria estadual poderia gerar receita líquida anual de US$ 305 milhões a US$ 379 milhões, que seriam direcionados para iniciativas educacionais.
A deputada Barbara Drummond, que apoiou o projeto de lei na Câmara, expressou decepção com a oportunidade perdida, especialmente porque o projeto de lei falhou por apenas um voto. Ela destacou os benefícios potenciais do projeto de lei, incluindo cuidados de saúde para os pobres do Alabama e um impulso para a educação.
O impasse também frustrou aqueles que acreditam que há amplo apoio para uma loteria educacional. O Sen. Arthur Orr se comprometeu a pressionar por um projeto de lei de loteria na próxima sessão que concederia aos cidadãos o direito de votar na loteria sem serem capturados por interesses de jogos de azar que desejam expandir os jogos no estado.
No entanto, a governadora Kay Ivey afirmou que não pretende convocar uma sessão especial para o projeto de lei este ano, deixando-o em suspenso até 2025. Apesar desse revés, o Sen. Albritton permanece otimista em relação ao futuro da legislação de jogos de azar, assegurando que “o problema não vai desaparecer. Estamos nos aproximando.”
